Por: Sidnei Silvestre

Quando pensamos em algo relacionado à inclusão e acessibilidade, em geral, consideramos somente aquelas pessoas que possuem uma determinada característica que o coloca na condição de deficiência aparente.

Colocamos neste pacote, o deficiente físico que depende de cadeira de rodas ou muletas para se locomover, os deficientes visuais com baixa visão ou cegueira total, deficientes auditivos que são totalmente surdos e que não se comunicam em outro idioma que não seja LIBRAS ou deficientes intelectuais com nível avançado de comprometimento.

Agora olhando de forma mais empática para o tema, vemos situações que vão além dessas deficiências classificadas como definitivas. Diuturnamente todos estamos sujeitos a estas condições e que nem percebemos na maioria das vezes, que nos tornamos consumidores de tecnologias assistivas.

Uma delas é a deficiência temporária. Ela ocorre quando algo nos impede de executar um movimento ou conseguir utilizar um órgão em sua totalidade. Como exemplos práticos de situações assim, podemos destacar um braço quebrado, um entorse no pé ou uma cirurgia no olho que, geralmente, num curto espaço de tempo deixa de causar incômodos, mas que durante aquele período tornou difícil prática de atividades cotidianas como um simples subir e descer de escadas para chegar ou sair de casa.

Outra deficiência, é a momentânea. Ela acontece com muito mais frequência, porém na maioria das vezes é por um curtíssimo espaço de tempo. Com certeza você já passou por uma destas situações a seguir e nem percebeu que a experiência foi bem melhor quando estava disponível uma alternativa inclusiva: 

  • Ativar por meio de comando de voz, funções no painel do carro enquanto não podia usar as mãos porque estava dirigindo;
  • Fazer algumas atividades com apenas uma das mãos porque estava com uma criança no colo;
  • Passar carregando sacolas pesado por uma porta que estava fechada com maçanetas que para serem abertas precisavam das mãos.

A tecnologia já está trazendo muitas alternativas para amenizar estas dores. Com projetos de automações diversas, mas acredito que sem grandes alterações mirabolantes, já conseguimos oferecer conforto para o nosso dia a dia com atitudes aparentemente simples, como eliminando degraus em nossas casas ou até mesmo utilizar fechaduras que facilitam o abrir e fechar das portas.

Agora que temos consciência destas situações precisamos exercitar a vontade de tornar nossa sociedade mais inclusiva e acessível com alternativas que promovam a melhoria da qualidade de vida para todos, pois vimos que desfrutamos destes benefícios em todos os momentos independente de ser ou não uma pessoa com deficiência clinicamente declarada, visto que temos o poder de influenciar cada vez mais quem está à nossa volta com bons exemplos.

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