Por Carlos Faccina
O “mercado não está para peixe”. A retração da demanda em níveis acentuados se dá em todos os setores da economia. Seria de se esperar que as empresas reduzissem seus objetivos de rentabilidade, mas não é o que ocorre. Matrizes, acionistas etc. mantêm expectativas de resultados como os estabelecidos em 2013 se não ainda mais ousados.

O resultado é estresse geral na liderança corporativa na busca de porcentagens que, de antemão, sabem que não serão obtidas. Nessa altura, volta o tradicional discurso, precisamos de criatividade e que nossos talentos se revelem, de fato na proposição de ideias e processos que visem “tirar o suco da laranja, mesmo que essa já esteja murcha”.

As reuniões de resultados e prestação de contas, ao final dos meses de 2015, têm sido duras, por vezes violentas e extremamente desgastantes diante dos números desejados e teimam em não “comparecer”. Qual é a solução?

Simplesmente não existe a curto prazo, resta preparar-se para o período de recuperação, que é previsto pelos analistas para meados de 2016, isso se o ajuste fiscal, ora em prática pelo Governo Federal, atingir de fato seus objetivos.

A pergunta específica: o que tem a ver “choque cultural” com retomada? 

Neste texto, aponto que, além de talento, criatividade, foco etc., os mais “manjados” atributos, hoje exigidos dos líderes, só o “choque cultural” pode promover mudanças de comportamento e ações consequentes para enfrentar tempos de concorrência acirrada e períodos de recessão.

Mas o que é “choque cultural”? 

Está provado que o nosso cérebro anseia por afirmação e interação social.Ora, afirmação e interação social = chaves para o desenvolvimento de novos processos, condutas e ações renovadoras.

Qual é a forma de obter essas “ferramentas?

À medida que a compreensão do ambiente exige que nosso cérebro evolua, instigá-lo é o caminho, e isso significa apelar para imagens, canções, histórias, sons, emoções e belas artes, confrontando o líder com esses reguladores cerebrais e instigadores do que há de mais recôndito em nossas virtudes, talentos e tendência para a criatividade. 

Resumindo, por meio da arte, música, artes plásticas submetemos os líderes de forma apropriada aos seus “choques” e certamente vai aflorar a manipulação do cérebro, tornando-o mais adequado ao ambiente exigido, assim como o chocolate manipula a nossa língua-’ Polegar do violinista, Sam Kean.

Se nem todas as reações cerebrais “detonadas pela arte” surtirem efeito, no mínimo seremos gradativamente um líder mais perceptivo e preparado para as “durezas do front corporativo”.

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