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Tecnologia: o novo papel do professor e do líder

Por Carlos Faccina
As escolas de ensino fundamental estão analisando hoje o impacto da tecnologia sobre o comportamento dos alunos e o reflexo dessa condição para o processo de ensino e educação. É certo que as crianças que chegam ao ambiente escolar têm uma nova postura para buscar informações e a primeira vítima alvejada é o professor, que deixou de ser um provedor e fonte para ter que se transformar num mediador que pavimenta o caminho que o aluno deve percorrer até o conhecimento.

Nessa condição, a revolução tecnológica é meio para a verdadeira transformação que as escolas deverão enfrentar: a da mudança da metodologia de ensino. O reflexo dessa análise coloca em evidência o novo design da sala de aula e o papel do professor.

A aula, como conhecemos, está vivendo uma possível metamorfose. O modelo que surgiu na Revolução Industrial transformou a escola em linha de produção e o professor em mero repetidor daquilo que já pode ser encontrado de outra forma. Ao mestre, cabe atuar mais agora como orientador e facilitador e menos como um provedor unilateral de conteúdo.

Interessa-me a transposição dessa discussão que hoje envolve as direções de escolas para o ambiente corporativo que receberá no futuro breve esse exército de novos profissionais. O mundo mudou e as habilidades desejadas nas empresas não são mais construídas nas escola:

Se mudará a aula como conhecemos, o ambiente de trabalho será afetado diretamente?
Se o papel do professor deixa de ser o foco de condução do processo de ensino, o líder também deixará de ser um provedor de ordens para se transformar num facilitador do trabalho de equipes mais autônomas?
Os programas de desenvolvimento serão elaborados considerando as individualidades específicas, ao invés de apresentar estratégias massificadas e receitas prontas de treinamento?
O modelo de avaliação de desempenho será feito por aplicativos de coletas de dados do desempenho em tempo real do colaborador, com indicativos imediatos de desvios de atuação e indicação de ações de melhoria de performance?
Já tratei aqui da adoção de sistemas (leia o post “Não dá para gerenciar pessoas por sistemas”) e o risco de criar processos eletrônicos de avaliação de potencial e instrumentalizar a relação entre gerentes e equipes. Mas o que tratamos aqui na análise de construção de cenários futuros não é da revolução tecnológica, mas sim da transformação do método de gestão.

Tanto na escola, como nas organizações, são exigidos novos papéis de professores e líderes. Saber compreender essa transformação e antecipá-la será a plataforma para o sucesso futuro. E como já foi indicado em posts passados deste blog, a aproximação imediata entre universidade e empresas também é requisito urgente para escrever essa nova história.

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