Por Carlos Faccina
O discurso dos desafios compartilhados parece não encontrar eco entre os principais gestores das organizações. Pesquisa realizada pela consultoria DBM no Brasil, realizada com 770 executivos, constatou que metade dos entrevistados não quer continuar na organização nos próximos três anos. O principal motivo para 73%: falta de desafios qualitativos e perspectivas de crescimento. 

Em tempos de presidentes descrentes do RH (leia “Apenas 11% dos CEOs estão satisfeitos com o RH”), que por sua vez temem a escassez de talentos (“Para 73%, principal desafio de 2011 é reter talentos”) e convivem com funcionários infelizes (“Você é feliz no seu trabalho?”), o cenário para as organizações é de instabilidade na gestão, com impacto negativo para as perspectivas futuras de crescimento.José Augusto Figueiredo, COO (Chief Operations Officer) da DBM na América Latina, destaca que as empresas esperam maior engajamento dos seus colaboradores, mas com o atual modelo de gestão e contexto geracional, esse objetivo não é alcançado.

A dificuldade para lidar com a perspectiva de mudança constante, num ambiente de crescente competitividade, disponibilidade de informações e novas oportunidades de trabalho, provoca nos executivos não só uma ansiedade na busca por novos desafios e consequente crescimento na carreira, como também uma tensão passiva em esperar as iniciativas da organização.

“As empresas terão que ir em busca do modelo de gestão de pessoas baseado fundamentalmente na integração indivíduo-organização, no qual os colaboradores são incentivados a serem protagonista de seu crescimento e futuro.” José Augusto Figueiredo, COO (Chief Operations Officer) da DBM na América Latina

Os executivos que atuam em gerência-geral também se destacam, quando o assunto é sair em um ano da empresa, já que 42,39% expressaram este desejo. Os da área de engenharia, por outro lado, são os que menos pensam em deixar o trabalho atual neste período de tempo, com 18,75%.

Você também pode gostar