4-Qualidade-dos-cursos-de-e-Learning-p2004

Qualidade dos cursos de e-Learning




1.) Objetivo

A pesquisa deste mês buscou analisar as principais exigências das organizações sobre a qualidade dos cursos desenvolvidos por fornecedores nacionais de conteúdo e-Learning.

2.) Metodologia

Foi realizado um levantamento quantitativo nos meses de agosto e setembro de 2004, por meio do portal e-Learning Brasil (www.elearningbrasil.com.br), aplicado a 120 organizações brasileiras. A análise faz comparação com a mesma pesquisa aplicada no ano de 2003 e abordou 6 tópicos distintos:

  • Qualidade dos cursos desenvolvidos no formato e-Learning por empresas nacionais especialistas no assunto;
  • O que pode ser melhorado nos cursos via e-Learning nacionais;
  • Importância do endo-marketing e acompanhamento junto à implantação do treinamento via e-Learning;
  • Maior inibidor para transformar um curso presencial em e-Learning;
  • Importância da equipe profissional no desenvolvimento de cursos on-line através de softwares de autoria;
  • Investimento e interesse em adquirir um LMS (plataforma de gerenciamento de e-Learning) e desenvolvimento de conteúdo em e-Learning.


3.) Características da amostra

A amostra analisada possui uma distribuição variada de empresas pertencentes a 5 regiões brasileiras: região sudeste, centro-oeste, norte, nordeste e sul.

A pesquisa consultou 120 organizações nos setores de educação (25%), tecnologia (15%), consultorias (12%), e-Learning (13%), governo (8%), treinamento (4%), entre outras (24%).

4.) Resultados

4.1) Qualidade dos cursos no formato e-Learning e melhorias


Na fase inicial, a pesquisa apontou qual a opinião dos profissionais com relação a qualidade dos cursos desenvolvidos no formato e-Learning por empresas nacionais especialistas no assunto e o que pode ser melhorado.

O resultado mostra que 71% acham razoável a qualidade dos cursos no formato e-Learning, enquanto 23% consideram ótima e 6% ruim. Quando questionados sobre o que poderia ser melhorado, 42% dos pesquisados indicaram os aspectos didáticos (recursos motivacionais, carga informacional, etc). As características da interface (meios disponíveis para conduzir o usuário, conservação da interface em diferentes contextos, help on-line, etc) foi apontada por 23% dos profissionais. As opções “Maior utilização de recursos multimídia” e “Avaliações de aprendizagem e avaliação final” receberam 18% dos votos cada uma.

“Avaliações de aprendizagem e avaliação final” receberam 18% dos votos cada uma.

4.2) Os recursos de multimídia são dispensáveis e opcionais

As organizações foram questionadas sobre qual seria o comportamento delas caso um fornecedor de e-Learning falasse que a utilização de recursos de multimídia são dispensáveis e opcionais.

A maioria dos profissionais, 77%, não concordaria. Acreditam que, apesar do investimento ser maior, os melhores cursos de e-Learning empregam uma variedade de recursos de multimídia, de exercícios e simulações interativas. Dentre os que concordariam com a afirmação, 19% alegam que é possível ter ótimos cursos mesmo utilizando pouquíssimos recursos multimídias. Já os outros 4%, acreditam que além do alto investimento, esses cursos demandam um tempo muito maior para produção.



4.3) A importância do endo-marketing e acompanhamento junto à implantação do treinamento via e-Learning

As organizações avaliaram a importância do endo-marketing e o acompanhamento junto à implantação do treinamento via e-Learning. 
A pesquisa revelou que 61% das organizações dão muita importância para o trabalho do endo-marketing e o acompanhamento junto à implantação, 34% consideram média importância e apenas 5% opinaram pouca importância. 


4.4) Maior inibidor para transformar um curso presencial em e-Learning

Nesta fase, o objetivo foi identificar qual o maior inibidor para a transformação de um curso presencial em e-Learning.


Apesar de reconhecerem que os bons cursos de e-Learning requerem maior investimento para empregar uma variedade de recursos multimídia (77% dos profissionais), a pesquisa mostrou que o orçamento oferecido pelo fornecedor de e-Learning é considerado o maior inibidor por 37% das organizações. Já 34% avaliaram que a fase de planejamento instrucional junto ao cliente é o principal inibidor e 29% apontaram o tempo de implantação do projeto.


Em comparação com a mesma pesquisa realizada em agosto de 2003, verificamos que cresceu o número de organização que consideram o tempo de implantação do projeto o maior inibidor para a transformação de um curso presencial em e-Learning. Porém, a maioria ainda acredita que o orçamento oferecido pelo fornecedor de e-Learning é maior inibidor.

4.5) Equipe especializada para desenvolver cursos on-line através de softwares de autoria

As organizações (91%) consideram necessário contratar uma empresa especializada para desenvolver cursos on-line através de softwares de sua autoria. Apenas 9% consideram desnecessário.

Se comparado com a pesquisa realizada no mesmo período de 2003, o resultado aponta um crescimento das organizações que avaliam ser necessário uma equipe especializada para desenvolver cursos on-line.

 

4.6) Maior investimento em LMS ou em desenvolvimento de conteúdo?

Perguntamos às organizações onde mais investiriam em um projeto de e-Learning: na aquisição do LMS ou no desenvolvimento do conteúdo do curso.
O resultado mostrou que 65% preferem investir mais no desenvolvimento de um conteúdo de e-Learning, enquanto 35% preferem investir em LMS de ótima qualidade.
A preocupação das organizações está focada na qualidade do conteúdo dos cursos on-line do que com a tecnologia que sustenta e gerencia estes cursos.

 

5.) Conclusões

O objetivo da pesquisa deste mês foi identificar as principais exigências das organizações com relação a qualidade dos cursos desenvolvidos por fornecedores nacionais de conteúdo e-Learning. Foi realizado um levantamento quantitativo no mês de agosto de 2004 através do portal e-Learning Brasil (www.elearningbrasil.com.br). Participaram da pesquisa 120 organizações.

Na fase inicial, foi apontada a opinião das organizações com relação a qualidade dos cursos desenvolvidos no formato e-Learning por empresas nacionais especialistas no assunto e o que pode ser melhorado. O resultado mostrou que 71% acham razoável a qualidade dos cursos no formato e-Learning, enquanto 23% consideram ótima e 6% ruim.

Com relação as melhorias, 42% dos pesquisados indicaram os aspectos didáticos (recursos motivacionais, carga informacional, etc) como sendo o item que mais precisa ser melhorado. As características da interface (meios disponíveis para conduzir o usuário, conservação da interface em diferentes contextos, help on-line, etc) foi apontada por 23% dos profissionais. As opções “Maior utilização de recursos multimídia” e “Avaliações de aprendizagem e avaliação final” receberam 18% dos votos cada uma.

As organizações foram questionadas sobre qual seria o comportamento delas caso um fornecedor de e-Learning falasse que a utilização de recursos de multimídia são dispensáveis e opcionais.

A maioria dos profissionais, 77%, não concordaria. Acreditam que, apesar do investimento ser maior, os melhores cursos de e-Learning empregam uma variedade de recursos de multimídia, de exercícios e simulações interativas. Dentre os que concordariam com a afirmação, 19% alegam que é possível ter ótimos cursos mesmo utilizando pouquíssimos recursos multimídias. Já os outros 4%, acreditam que, além do alto investimento, esses cursos demandam um tempo muito maior para produção.

A pesquisa revelou que 61% das organizações dão muita importância para o trabalho do endo-marketing e o acompanhamento junto à implantação, 34% consideram média importância e apenas 5% opinaram pouca importância. 
Nesta fase, o estudou visou identificar qual o maior inibidor para a transformação de um curso presencial em e-Learning. Em comparação com a mesma pesquisa realizada em agosto de 2003, verificamos que cresceu em 7% o número de organização que consideram o tempo de implantação do projeto o maior inibidor para a transformação de um curso presencial em e-Learning.

Porém, a maioria, 44%, ainda acredita que o orçamento oferecido pelo fornecedor de e-Learning é maior inibidor.

Desde 2003, aumentou em 4% a quantidade de organizações que consideram necessário contratar uma empresa especializada para desenvolver cursos on-line através de softwares de sua autoria. Apenas 9% consideram desnecessário.

Foi constatado que a preocupação das organizações está mais focada na qualidade do conteúdo dos cursos on-line do que com a tecnologia que sustenta e gerencia estes cursos, já que 65% preferem investir mais no desenvolvimento de um conteúdo de e-Learning, enquanto 35% preferem investir em LMS de ótima qualidade.

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