O Portal e-Learning Brasil analisou nesta pesquisa as principais exigências das organizações sobre a qualidade dos cursos desenvolvidos por fornecedores nacionais de conteúdo e-Learning. A pesquisa foi realizada durante os meses de agosto e setembro de 2003. Veja agora as importantes revelações sobre a qualidade do e-Learning no Brasil.


Conclusões
As organizações corporativas e acadêmicas brasileiras acham que os quesitos de qualidade dos programas e cursos de e-Learning não têm sido tratados com a prioridade e importância que merecem. É o que revela o resultado da pesquisa, onde 64% das organizações responderam que a qualidade dos cursos desenvolvidos nacionalmente tem sido razoável.

Os aspectos didáticos dos cursos, como recursos motivacionais, existência de objetivos instrucionais, prática com feedback e carga informacional podem ser melhorados, segundo 39% das organizações.

Quanto à utilização dos recursos multimídia, 82% das organizações reconhecem que, apesar de exigirem um investimento maior, os melhores cursos de e-Learning empregam uma grande variedade destes recursos, tais como animações e vídeos. Este dado revelou que as organizações brasileiras reconhecem os recursos multimídia como um quesito importante na qualidade dos cursos em e-Learning e de grande apoio no processo de aprendizagem.

Entretanto, foi constatado uma realidade interessante: as organizações reconhecem que os bons cursos de e-Learning requerem maior investimento para empregar recursos multimídia (82% dos respondentes), mas se “intimidam” muitas vezes com os orçamentos oferecidos pelos fornecedores de conteúdo (44% dos respondentes).

Quanto aos serviços em e-Learning, 64% das organizações consideram ter muita importância o trabalho de endo-marketing e acompanhamento na implantação do treinamento em e-Learning. Em relação à utilização dos softwares de autoria, 87% das organizações não consideram necessária uma equipe profissional especializada para o desenvolvimento dos cursos de e-Learning.

As organizações estão mais preocupadas com a qualidade dos conteúdos de e-Learning do que com a tecnologia que sustenta e gerencia estes cursos, segundo 
67% das organizações que afirmaram priorizar o maior investimento no desenvolvimento de um conteúdo do que em um LMS de excelente qualidade.

Detalhes da pesquisa

1) Qualidade dos cursos desenvolvidos por fornecedores nacionais de e-Learning. O que pode ser melhorado?

Na fase inicial, a pesquisa questionou a opinião das organizações corporativas e acadêmicas sobre a qualidade dos cursos desenvolvidos por fornecedores nacionais de e-Learning. Do universo pesquisado, 64% das organizações responderam que a qualidade dos cursos desenvolvidos nacionalmente tem sido razoável; 25% responderam ser ótima e 11% responderam ser ruim.

Dado este resultado, questionamos as organizações sobre o que podia ser melhorado nos cursos desenvolvidos nacionalmente. O resultado revelou que 39% das organizações consideram que os aspectos didáticos dos cursos, como recursos motivacionais, existência de objetivos instrucionais, prática com feedback e carga informacional podem ser melhorados.

Destas organizações, 25% consideram importante a melhoria nas avaliações finais e de aprendizagem; 18% consideram importante a melhoria dos cursos com a maior utilização dos recursos multimídia e o mesmo percentual considera importante melhorar as características de interface dos cursos, como meios disponíveis para conduzir o usuário, conservação da interface em diferentes contextos, help online, etc.


2)Os recursos multimídia são dispensáveis e opcionais nos cursos de e-Learning?

Questionamos a opinião das organizações sobre a seguinte afirmação: “Os recursos de multimídia são totalmente dispensáveis e opcionais em um curso de e-Learning”.

Do universo questionado, 82% disseram não concordar com esta afirmação, pois reconhecem que, apesar do investimento ser maior, os melhores cursos através de e-Learning empregam uma variedade de recursos multimídia. Deste total, 15% responderam que concordam com esta afirmação, pois é possível ter ótimos cursos mesmo utilizando pouquíssimos recursos multimídia; 3% também disseram que concordam, pois além da utilização de recursos multimídia exigirem um alto investimento, demandam um tempo muito maior para produção.

Este dado revelou que as organizações brasileiras reconhecem os recursos multimídia como um quesito importante na qualidade dos cursos em e-Learning e de grande apoio no processo de aprendizagem.



3)Endo-marketing e acompanhamento junto à implantação do e-Learning

A pesquisa identificou qual a importância de um fornecedor oferecer um trabalho de endo-marketing e acompanhamento junto à implantação do curso em e-Learning. Classificamos este quesito como qualidade nos serviços de e-Learning.

Do universo pesquisado, 64% das organizações consideram ter muita importância o trabalho de endo-marketing e acompanhamento na implantação do treinamento em e-Learning; 31% consideram ser de média importância e apenas 5% consideram ser de pouca importância.

Este resultado revelou que as organizações levam em consideração a qualidade do atendimento com endo-marketing e acompanhamento junto à implantação do e-Learning pelos fornecedores de conteúdo.


4)Maior inibidor na transformação de um conteúdo para e-Learning

A pesquisa identificou qual o maior inibidor quando se trata de transformar um curso presencial em e-Learning. Do universo pesquisado, 44% responderam que o maior inibidor é o orçamento oferecido pelo fornecedor de e-Learning, e 37% responderam ser a fase de planejamento instrucional junto ao cliente. O tempo de implantação do projeto foi considerado inibidor por 19% das organizações.

Estes dados revelam uma realidade interessante: as organizações reconhecem que os bons cursos de e-Learning requerem maior investimento para empregar uma variedade de recursos multimídia (82% dos respondentes), mas se “intimidam” muitas vezes com os orçamentos oferecidos pelos fornecedores de conteúdo (44% dos respondentes).


5)Equipe profissional especializada X Ferramentas de Autoria

Questionamos as organizações sobre a necessidade de haver profissionais especializados na utilização de ferramentas de autoria em e-Learning. Do universo pesquisado, 87% não consideram necessária uma equipe profissional especializada para o desenvolvimento dos cursos de e-Learning, e 13% responderam que a especialização é necessária para a produção de cursos com qualidade.


6)Maior investimento em LMS ou em desenvolvimento de conteúdo?

Colocada uma situação hipotética, perguntamos às organizações onde elas mais investiriam em um projeto de e-Learning: na aquisição do LMS ou no desenvolvimento do conteúdo do curso.

Do total, 67% das organizações afirmaram que priorizam o maior investimento no desenvolvimento de um conteúdo de e-Learning, e preferem investir em LMS de média qualidade; 33% responderam que preferem investir mais em um LMS de excelente qualidade e menos no desenvolvimento do conteúdo de e-Learning.

Este resultado revelou que as organizações estão mais preocupadas com a qualidade dos conteúdos de e-Learning do que com a tecnologia que sustenta e gerencia estes cursos.


Setor de atuação
O gráfico abaixo representa a distribuição percentual do setor de atividade das organizações que responderam a esta pesquisa:

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