Título criado pelo Instituto MicroPower em 2017 para homenagear as Personalidades que à frente de suas Instituições contribuíram com ações alinhadas com o Propósito do Prêmio Learning & Performance Brasil que a partir de 2020 passou a se chamar Transformação Digital Brasil:
“Promover no Brasil o desenvolvimento de projetos que consolidem o Brasil como Protagonista em Transformação Digital Global, através de uma jornada que potencialize o ciclo virtuoso do empoderamento e da produtividade da Pessoa 6.0, competitividade do Negócio 6.0, efetividade do Governo 6.0, o fomento da Economia 6.0, e a construção da Sociedade 6.0 com Qualidade de Vida, Inclusão e Sustentabilidade: Econômica, Social e Ambiental.
Em destaque a imagem do Ministro Ozires Silva, primeiro Patrono do Prêmio e-Learning Brasil em 2004, e eleito Presidente Emérito do Conselho de Notáveis em 2017.
“Estou extremamente feliz ao receber essa homenagem, mas não tanto por eu a estar recebendo. O importante é aqui, no evento do Instituto MicroPower, estarmos transformando esse reconhecimento no Prêmio Transformação Digital Brasil. Eu tenho acompanhado esses anos todos e temos feito algumas coisas com o Movimento Brasil Competitivo, mas o importante para mim é ter o privilégio de viver esse momento todos juntos, com essa consciência de que estamos vivendo um novo momento no país.
Eu tenho convicção profunda, caros amigos, de que a transformação digital é uma oportunidade única que está sendo dada a nós, no Brasil, para recuperarmos os atrasos no campo tecnológico, no desenvolvimento econômico e social, mas principalmente também na educação.
Eu, sobretudo, hoje, tenho a preocupação no Brasil em relação à tolerância que temos em relação ao analfabetismo funcional. Eu não acredito que possamos ser um país que crie dignidade se continuarmos com esse desequilíbrio absoluto na educação. É uma vergonha que países vizinhos como Argentina e Uruguai tenham enfrentado esse problema 100 anos atrás.
Pessoalmente, aprendi essa lição muito cedo, ao buscar padrões de competitividade internacional no intercâmbio com os japoneses e, lá na década de 80, na reunião que fizemos com nossos engenheiros, um deles disse: ‘Jorge, temos operários que mal têm o terceiro ano completo e os japoneses têm 12 anos de educação’.
Foi naquele momento que tive o privilégio de me conscientizar, numa visão de objetivos de patamares de produtividade. Naquela época, perdíamos um a cada 300 bilets produzidos, enquanto os japoneses faziam 2 mil para perder um – sete vezes de diferença. Eu disse: ‘Temos que atingir os mesmos patamares. E só pela melhoria da educação é que vamos atingir isso’. Hoje, temos patamares de produção de 5 mil bilets para perder um, só para verem como é a evolução.
Eu pude aprender de uma forma pragmática a busca por benchmarking internacional para nossas operações e pude ver o peso e a importância da educação. Isso tem me levado esses anos todos a me preocupar. Porque nesse momento, nesses anos em que foi possível esse movimento da transformação digital, acho que todos aqui temos uma responsabilidade enorme, pois podemos recuperar os atrasos no campo econômico, no campo social, mas eu diria que, principalmente, na educação.
Poder participar nesse evento que marca a passagem para o Prêmio Transformação Digital é uma satisfação enorme porque acredito profundamente que temos hoje instrumentos que podem acelerar o nosso processo. Depende da elite, e felizmente, temos hoje aqui a elite militar. Casualmente, conversando aqui hoje, eu dizia que o maior problema do Brasil é incluir na estrutura dos governos federal, estaduais e municipais competências de governança. E, nesse ponto, me disseram: ‘Deveriam aproveitar as competências de governança que as Forças Armadas têm’.
Governança e tecnologia digital são as oportunidades que nós não devemos perder.
Obrigado.”
Dr. Jorge Gerdau Johannpeter é atualmente membro de Grupo de Controle da Gerdau e um dos acionistas controladores da empresa. Exerceu os cargos de CEO e Presidente do Conselho do Grupo.
Com forte atuação na busca pela eficiência e qualidade da gestão nos setores público e privado, é presidente do Conselho Superior do MBC – Movimento Brasil Competitivo, presidente emérito do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade e membro das Academias Internacional e Brasileira da Qualidade.
Nas áreas da cultura, sociedade e educação, preside o Conselho da Fundação Iberê Camargo e o Conselho Consultivo da Junior Achievement Brasil, além de ser integrante do Conselho da Parceiros Voluntários e do Conselho de Fundadores do movimento Todos pela Educação, que presidiu durante 10 anos.