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O Instrutor de sala de aula é um bom designer instrucional?



1.) Objetivo

A pesquisa deste mês buscou identificar a opinião dos participantes sobre a atuação do instrutor de sala de aula exercendo a função de designer instrucional e compará-la com as respostas dos leitores americanos obtidas na pesquisa do The Masie Center (EUA).

2.) Metodologia

Foi realizado um levantamento quantitativo no mês de outubro de 2004, por meio do portal e- Learning Brasil (www.elearningbrasil.com.br), aplicado a 110 organizações brasileiras. A análise faz comparação com a mesma pesquisa realizada pelo The Masie Center (EUA) sobre as seguintes questões:

  • Ser especialista em um determinado assunto significa necessariamente estar apto a projetar e desenvolver matérias online?
  • As habilidades de um instrutor de sala de aula podem complementar as funções de um Designer Instrucional?
  • Como a atuação do designer instrucional e instrutor como e-alunos podem beneficiá-los?
  • O trabalho de designer no e-Learning (desenho instrucional, desenvolvimento e entrega) envolve diferentes aptidões do profissional, exigindo que ele seja multidisciplinar?
  • Como sua organização vê o profissional de Designer Instrucional?


3.) Características da amostra

A amostra analisada possui uma distribuição variada de empresas pertencentes a 5 regiões brasileiras: região sudeste, centro-oeste, norte, nordeste e sul. 

A pesquisa consultou 110 organizações nos setores de educação (40%), tecnologia (13%), consultorias (7%), e-Learning (12%), governo (5%), treinamento (12%), entre outras (11%).

4.) Resultados

4.1) Ser especialista em um determinado assunto significa necessariamente estar apto a projetar e desenvolver matérias online?


Na fase inicial, a pesquisa apontou qual a opinião dos profissionais sobre um especialista em um determinado conteúdo estar necessariamente apto a projetar e desenvolver matérias online.

O resultado mostra que 84% dos participantes acham que um instrutor com conhecimento sobre um determinado conteúdo não está necessariamente apto a exercer a função de designer instrucional e apenas 16% acham que esse conhecimento é o bastante para projetar e desenvolver matérias online.

Os leitores americanos também destacaram que ser especialista em construção e entrega de conteúdo não significa necessariamente estar apto a projetar e desenvolver o material online com sucesso, já que as competências do treinamento em sala de aula e as competências do design instrucional não são muito alinhadas.

 

4.2) As habilidades de um instrutor de sala de aula podem complementar as funções de um Designer Instrucional?

As organizações foram questionadas sobre a possibilidade de complementar as funções de um designer instrucional com as habilidades de um instrutor de sala de aula.

A maioria dos participantes (91%) acredita que as habilidades de um instrutor de sala de aula podem complementar as atividades desenvolvidas pelo designer instrucional, enquanto 9% não acham possível essa complementação.

Para os participantes da pesquisa realizada pelo The Masie Center, as habilidades de um instrutor podem complementar as funções de um designer instrucional, mas acreditam que exista uma curva íngreme de aprendizagem para qualquer um envolvido no design instrucional, em qualquer nível, ainda mais no mundo online.



4.3) Que benefício pode ser obtido com a atuação do designer instrucional e instrutor como e-alunos?

Para 64% dos profissionais, a atuação do designer instrucional e instrutor como e-alunos podem ajudá-los a entender quais as ferramentas mais adequadas para atingir os objetivos de aprendizagem. Já para 35%, o maior benefício é entender como o aluno online se comporta de forma diferente dos que estão em sala de aula e para 1% essa troca de papel não traz nenhum desses benefícios.
Nessa parte da pesquisa, os participantes americanos responderam que com o trabalho conjunto de designers e instrutores atuando como e-alunos, pode-se perceber quais são as melhores ferramentas para os objetivos de aprendizagem, dessa forma, entendendo como alunos online se comportam de forma diferente do que quando estão em salas de aula.


4.4) O trabalho de designer no e-Learning (desenho instrucional, desenvolvimento e entrega) envolve diferentes aptidões do profissional, exigindo que ele seja multidisciplinar?

Para a maioria dos participantes (93%) o trabalho de designer no e-Learning envolve diferentes aptidões do profissional exigindo que ele seja multidisciplinar e 7% dos participantes acreditam que não é necessário que ele seja multidisciplinar.


“Design não só deve ser feito pelos instrutores porque eles são capazes, o processo de design (desenho, desenvolvimento e entrega) envolve diferentes aptidões e, por fim, o talento que seja a chave certa para a fechadura correta”, comenta um dos participantes da pesquisa do The Masie Center.

 

4.5)O profissional de Designer Instrucional

Nesta parte da pesquisa, o objetivo foi identificar qual a visão que as organizações têm sobre o trabalho de designer instrucional.

Foi constatado que a maioria das organizações (87%) consideram que o designer instrucional é um profissional das áreas de educação e tecnologia. Já 13% responderam que as organizações onde trabalham consideram que a função dessa profissão é apenas digitar pensamentos em uma apresentação de PowerPoint.

Embora a maioria das organizações considera que o designer instrucional é um profissional das áreas de educação e tecnologia, os participantes americanos destacaram que para isso é necessário educar os dirigentes da organização. 

 

5.) Conclusões

Na fase inicial, a pesquisa apontou qual a opinião dos profissionais sobre um especialista em um determinado conteúdo estar necessariamente apto a projetar e desenvolver matérias online.

O resultado mostra que 84% dos participantes acham que um instrutor não está necessariamente apto a exercer a função de designer instrucional. Os leitores americanos do The Masie Center também destacaram que ser especialista em construção e entrega de conteúdo não significa necessariamente estar apto a projetar e desenvolver o material online com sucesso, já que as competências do treinamento em sala de aula e as competências do design instrucional não são muito alinhadas.

As organizações foram questionadas sobre a possibilidade de completar as funções de um designer instrucional com as habilidades de um instrutor de sala de aula.

A maioria dos profissionais (91%) acredita que as habilidades de um instrutor de sala de aula podem complementar as atividades desenvolvidas pelo designer instrucional. Para os participantes da pesquisa realizada pelo The Masie Center, as habilidades de um instrutor complementam as funções de um designer instrucional, mas acreditam que exista uma curva íngreme de aprendizagem para qualquer um envolvido no design instrucional, em qualquer nível, ainda mais no mundo online.

Para 64% dos profissionais, a atuação do designer instrucional e instrutor como e-alunos podem ajudá-los a entender quais as ferramentas mais adequadas para atingir os objetivos de aprendizagem. Já para 35%, o maior benefício é entender como o aluno online se comporta de forma diferente dos que estão em sala de aula. Nessa parte da pesquisa, os participantes americanos responderam que com o trabalho conjunto de designers e instrutores atuando como e-alunos, pode-se perceber quais são as melhores ferramentas para os objetivos de aprendizagem, dessa forma, entendendo como alunos online se comportam de forma diferente do que quando estão em salas de aula.

Para a maioria dos participantes (93%) o trabalho de designer no e-Learning envolve diferentes aptidões do profissional exigindo que ele seja multidisciplinar. “Design não só deve ser feito pelos instrutores porque eles são capazes, o processo de design (desenho, desenvolvimento e entrega) envolve diferentes aptidões e, por fim, o talento que seja a chave certa para a fechadura correta”, comenta um dos participantes da pesquisa do The Masie Center.

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