Na pesquisa realizada pela equipe e-Learning Brasil no mês de dezembro de 2002, foram levantadas informações relativas ao orçamento para o e-Learning durante o ano de 2003.

Na primeira questão pudemos identificar que, logo no início do ano, as organizações da maioria dos entrevistados já têm orçamentos específicos definidos para o e-Learning, com 53% das respostas. Outros 47% dos entrevistados assinalaram que suas organizações ainda não têm orçamentos para e-Learning em 2003.

Apesar de muitas empresas já terem iniciado seus projetos de e-Learning em anos anteriores, como é o caso de 13% dos entrevistados em 1999, 7% em 2000, 10% em 2001 e 13% em 2002, segundo nossa pesquisa, este é o ano em que as empresas passarão a contar com o e-Learning em seu cotidiano. 41% dos entrevistados passaram a contar com orçamento específico para e-Learning em 2003. Apenas 13% dos entrevistados contarão com orçamentos para 2004 e outros 3% somente em 2005.

Perguntamos qual seria o montante investido em e-Learning em 2003 e tivemos como resultado um ligeiro aumento do número de indefinições nesta pergunta, apontando que 52% dos entrevistados ainda não tinham orçamento definido. Já outros 10 % responderam que os investimentos serão de ficarão entre R$400 mil e R$600 mi, 7% investirão entre R$200 mil e R$400 mil, 10% investirão entre R$100 mil e R$200 mil e 21% dos entrevistados disponibilizarão montantes inferiores a R$100 mil para este fim em 2003.

Quando perguntamos qual o percentual do orçamento seria dedicado para aquisição de tecnologia e infra-estrutura, encontramos um equilíbrio entre as respostas. 29% dos entrevistados reservaram entre 1% e 25% de seus recursos para tal, enquanto que outros 29% responderam que estes custos poderiam variar entre 26% e 50% do investimento total. Apenas 4% dos entrevistados planejam investir entre 75% e 100% enquanto que 38% ainda não tinham definido orçamento para tecnologia e infra-estrutura.

Abordamos também o quanto será investido em conteúdo (cursos) para o e-Learning e o resultado foi que 25% das empresas investirão neste tópico entre 1% e 25% de seus orçamentos, outros 21% investirão entre 26% e 50%. Uma boa parcela de 39% ainda não definiu seus orçamentos para conteúdo.

Fechando o triângulo de investimento em e-Learning (tecnologia, conteúdo, serviços) perguntamos qual montante foi reservado para serviços. 39 % dos entrevistados pretendem investir entre 1% e 25% de seu orçamento neste contexto, seguidos de 7% de empresas que pretendem investir de 26% a 50% e de um empate onde 4% investirão entre 51 e 75% e outros 4% entre 76% 100%. 7% dos entrevistados não pretendem gastar recursos com serviços enquanto 39% ainda não tem orçamentos definidos.

Gostaríamos de saber qual a dimensão do projeto de e-Learning em relação aos investimentos totais com treinamento e educação em 2003. 37% dos entrevistados aplicarão de 1% a 25% de seus recursos em e-Learning, outros 11% investirão entre 26% e 50% enquanto 4% das respostas indicaram que o e-Learning consumirá entre 75% e 100% do orçamento total. 41% dos entrevistados ainda não definiram seus orçamentos.

Separamos as duas próximas perguntas para dois públicos: corporativo e acadêmico. Perguntamos às empresas qual o foco de seus projetos de e-Learning. O treinamento através de cursos internos liderou com 30% das respostas, seguido do desenvolvimento de e-Learning para venda de cursos online com 19% das preferências. A capacitação da força de vendas, o treinamento para Clientes e o treinamento para parceiros aparecem na terceira colocação com 7% das preferências. Outras aplicações ficaram com 30% das respostas.

Já as instituições acadêmicas indicaram como principal aplicação do e-Learning o apoio para aulas presenciais com 27% dos votos, em seguida apareceram aplicações de cursos in-company e a pós-graduação online com 14% dos votos. O desenvolvimento de cursos de extensão ficou com 9% das preferências enquanto outros 5% pretendem atender à portaria 2.253 através do e-Learning. 31% das instituições acreditam em outras utilizações.

O gráfico abaixo representa a distribuição percentual do setor de atividade das empresas que responderam a esta pesquisa.