Por Carlos Faccina
Cada vez mais aumenta o número de profissionais que realizam sua extensão ou desenvolvem o idioma fora do país. As oportunidades de bolsas, a economia estável (que facilita o planejamento) e o real mais valorizado ampliam a presença de brasileiros em centros de excelência em pesquisa e ensino do mundo. A notícia é boa e desejável.Veja alguns números que sinalizam para essa tendência:
•De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o número de brasileiros de nível superior estudando fora cresceu 14% em apenas um ano;
•Segundo o relatório “Education at a glance” de 2010, foram 27.571 em 2008, contra 24.157 em 2007. Em 2000, esse número era de 11 mil;
•Os países para os quais o Brasil mais manda universitários são Estados Unidos, França, Portugal, Espanha e Alemanha, segundo a OCDE;
•O número de estudantes que têm conseguido bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, aumentou 23% nos últimos cinco anos;
•Ano passado, 4.900 brasileiros foram fazer graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado ou estágio no exterior, com bolsas de 870 a 2.300 dólares, além de auxílio-instalação e seguro-saúde. Eles foram principalmente para Estados Unidos, França e Portugal. Em 2006, eram 3.965 bolsistas;
•A Capes e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério de Ciência e Tecnologia, concederão 75 mil bolsas de estudo no exterior;
•A presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente que já conta com a palavra de empresários para bancar 25 mil bolsas de estudo no exterior para estudantes e pesquisadores;
•De acordo com a Bridge English Brasil, é mais barato para um brasileiro ir estudar no exterior do que fazer o mesmo curso aqui no Brasil;
•Estudar espanhol na Argentina ou Chile por um mês, com aulas em período integral e morando em casa de família, custa 3.400 dólares. Para um brasileiro estudar inglês no Brasil, nos mesmos moldes, vai desembolsar aproximadamente 6.235 dólares, uma diferença de quase 50%. Para estudar em Denver, nos Estados Unidos, o aluno vai investir cerca de 10% menos.
Um bom exemplo de trajetória internacional é do jovem talento Gabriel T. Garcia. Aos 22 anos, ele acaba de vencer o Concurso Mundial para estudantes de publicidade Future Lions 2011, apresentado pela AKQA, em parceria com o Festival Internacional de Publicidade de Cannes (Cannes Lions). Ele recebeu o prêmio em junho na cidade francesa.
Gabriel fez dois anos de Publicidade e Propaganda na Universidade Metodista e agora está terminando o segundo ano de Direção de Arte na Miami Ad School (ESPM São Paulo). Morou por três meses em Nova Iorque estagiando na agência de publicidade Draft FCB New York e estudando na Miami Ad School (Brooklyn). Atualmente está em Paris estagiando na agência de publicidade Ogilvy Paris e estudando na Miami Ad School (Europe).