Hoje vamos abordar as tecnologias digitais habilitadoras. Este trabalho foi realizado em colaboração com Renato Grau, Alexandre Del Rey, Marco Lauria, Nei Grando e Professor Francisco. Mapeamos 15 tecnologias que formam os elementos básicos das aplicações. É importante realizar uma nova avaliação dessas aplicações levando em consideração esse novo framework com as 15 tecnologias habilitadoras, pois algumas delas não estavam presentes no framework anterior.

Começamos pela Inteligência Artificial. A inteligência artificial é um ramo amplo e complexo, que abrange desde o processamento de linguagem natural até chatbots, machine learning e visão computacional. Essa nova interface homem-máquina permite interações por voz, não se limitando mais ao uso de teclado e mouse. Agora é possível fazer perguntas e utilizar tecnologias de geração de imagens, vídeos e música, como o chat GPT, que faz parte desse novo conjunto de tecnologias de inteligência artificial generativa.

O chat GPT é um exemplo representativo do futuro, onde poderemos ter uma inteligência artificial geral, avançando para a inteligência social. Além disso, a robótica se beneficia da inteligência artificial. Nessa área, incluímos não apenas robôs industriais, mas também drones e robôs de automação de processos, que são a interseção entre robótica e inteligência artificial. Também estão presentes os veículos autônomos, que ainda estão em evolução, mas utilizam a inteligência artificial em sua totalidade, desde a direção do veículo até os robôs humanoides e veículos voadores futuros. O conceito de enxame (swarm) também está inserido nessa área, envolvendo um conjunto de drones que realizam uma função em conjunto.

Em seguida, temos duas áreas: Internet das Coisas (IoT) e tecnologias de dados. A Internet das Coisas abrange a utilização de sensores para permitir o controle e a gestão através da inteligência artificial, incluindo dispositivos vestíveis (wearables). Já as tecnologias de dados compreendem um conjunto de soluções, envolvendo a arquitetura de aplicação e de dados, desde arquiteturas locais até nuvem e soluções híbridas. Essas tecnologias também podem incluir elementos de business intelligence, big data e ferramentas de visualização.

Em sequência, temos as tecnologias de mobilidade, conectividade e internet. Essas três tecnologias estão relacionadas ao acesso remoto, permitindo que as aplicações sejam acessadas por dispositivos móveis (como celulares e tablets), computadores por meio de navegadores, e envolvendo tanto a camada de aplicação como a camada física, que possibilita a conexão através de redes como Wi-Fi, 3G, 4G, 5G, Bluetooth e oturas.

Além disso, temos a plataforma de negócios na chamada web 3.0, que envolve a conexão à internet, redes sociais e comércio eletrônico. Essas três tecnologias estão interligadas e permitem o acesso remoto, a conectividade física e a conexão com redes sociais.

Em seguida, entramos no metaverso e nas realidades digitais, que abrangem não apenas a realidade aumentada e virtual, mas também aplicações como holografia e gêmeos digitais, que permitem simulações de pessoas, equipamentos e outros elementos para diversas áreas, incluindo a medicina.

Outra tecnologia habilitadora é o blockchain, que engloba a autenticação descentralizada e inclui criptomoedas, finanças descentralizadas, contratos autônomos (DAO) e tokens, como os tokens não fungíveis (NFTs).

A impressão 3D e a biotecnologia são outras áreas habilitadoras. Na impressão 3D, além de peças plásticas, já é possível imprimir prédios e órgãos, além de alimentos. Essa área se sobrepõe à biotecnologia, que envolve medicina personalizada, terapias genéticas, sequenciamento do genoma humano, edição de DNA (como o CRISPR), síntese de DNA e implantes neurais que permitem o controle de equipamentos e computadores por meio de ondas cerebrais.

Já a nanotecnologia abrange a produção de materiais avançados, desde roupas até tecnologias utilizadas na fabricação de semicondutores. 

A parte de cibersegurança inclui criptografia, autenticação biométrica (facial e impressão digital) e o uso de inteligência artificial para auxiliar na segurança digital.

Por fim, temos as energias renováveis, que englobam a produção, distribuição e armazenamento de energia, com tecnologias como baterias de lítio, baterias sólidas, capacitores e outras soluções necessárias para fornecer energia elétrica a todas essas tecnologias.

Em resumo, temos um conjunto de 15 tecnologias digitais habilitadoras no centro, e à medida que avançamos para as camadas externas, encontramos desdobramentos e interseções dessas tecnologias. As tecnologias nas camadas mais externas são aquelas que ainda estão em fase experimental ou que estarão disponíveis no futuro.

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