Por Carlos Faccina
Durante o período de 25 anos em empresa, trabalhei com seis chefes de mercado (nome dado ao presidente ou, se preferirem, ao CEO) de várias nacionalidade e distintas carreiras e formações. Nesse período, constatei que o que mais irritava um chefe de mercado (considerando os de outras empresas também, visto que mantinha contato com esse nível de profissionais de médias e grandes empresas) era o rol de desculpas apresentadas ao invés de soluções quando, por qualquer razão, as metas não tinham sido alcançadas, ou algum problema surgia.

A realidade demonstra que as pessoas preferem analisar as causas do fracasso, do que dele retirarem alternativas para tentar corrigir e mesmo mudar a direção rumo a uma solução.

Por que isso acontece?

Talvez pela maior facilidade em explicar o erro do que propor soluções. Dessa forma, a responsabilidade recai sobre o concorrente, o mercado, o clima, a ineficiência da equipe ou do colega…

Quando a análise da situação é acompanhada de soluções, mesmo que meras tentativas, os CEOs ficam mais seguros e preferem arriscar do que se manter na vala comum do fracasso. Promissoras carreiras foram afetadas por essa atitude de transferir o erro para algo além do próprio responsável, ao invés de assumi-lo.

Pessoalmente enfrentei momentos extremamente complicados em minha carreira. Em nenhum momento deixei de propor soluções e indicar alternativas que podiam amenizar ou solucionar os problemas. Para isso, é fundamental ter uma equipe alinhada com esse princípio.

Caso você não tenha a equipe alinhada, e mesmo que seja um trabalho individual, sempre existirão conexões nas empresas em que esse principio deve ser observado.

Sempre valerá mais uma solução não ideal do que uma lista de desculpas infrutíferas.

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