O crescimento do e-Learning faz surgir novas profissões no mercado de trabalho brasileiro. Planejamento instrucional, análise de necessidades de treinamento, desenvolvimento e implementação de projeto, tutoria e avaliação de resultados de aprendizagem são algumas das funções desempenhadas pelos profissionais de e-Learning.
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Mas, onde estes profissionais buscam informações para sua atualização e formação atualmente?
O portal e-Learning Brasil analisou onde os profissionais em geral, gestores, consultores e fornecedores de e-Learning buscam informações para atualização e formação nesta área. A pesquisa foi realizada durante os meses de julho e agosto de 2003, e contou com a participação de 185 empresas.
Principais fontes de informação para atualização e especialização em e-Learning
Na fase inicial, a pesquisa apontou em quais fontes de informação os profissionais recorrem para se manterem atualizados sobre as mudanças no mercado de e-Learning e também para especialização na área.
Do universo pesquisado, 27% buscam atualização e especialização em sites nacionais de e-Learning, enquanto 19% recorrem a sites internacionais. Deste total, 15% responderam que buscam por especialização e atualização através de congressos e workshops internacionais e 16% recorrem a universidades. Em relação à atualização através de livros especializados, 13% consultam livros nacionais e 10% consultam livros internacionais.
Este resultado revelou que os serviços de formação e atualização em e-Learning estão crescendo no Brasil e mantendo, aos poucos, uma relação de disparidade com os serviços oferecidos internacionalmente. Este fato pode ser constatado pela diferença de 8% de profissionais que buscam atualização e especialização em sites nacionais e internacionais de e-Learning.
Esta mesma constatação foi obtida sobre o mercado editorial, onde a diferença de pessoas que buscam informações sobre e-Learning em livros nacionais e estrangeiros é de apenas 3%. Ainda foi constatado que 15% dos profissionais recorrem a congressos e workshops internacionais, realizados tanto nacionalmente quanto no exterior. A pesquisa revelou também que a demanda de profissionais por cursos de especialização em e-Learning nas universidades é de 16%.
Qualidade dos conteúdos de e-Learning disponibilizados no Brasil pela Internet
A pesquisa também identificou a opinião das empresas sobre a qualidade dos conteúdos de e-Learning disponibilizados pela Internet no Brasil. Do universo pesquisado, 47% das empresas apontaram que a qualidade do conteúdo disponível é razoavelmente satisfatória, enquanto 28% responderam que a qualidade de conteúdo é satisfatória. Outros 20% responderam que o conteúdo disponível é insatisfatório, e apenas 3% consideram que as informações disponíveis na Internet são plenamente satisfatórias.
Constatamos através destes resultados, que apesar de haver um crescimento no número de profissionais que buscam atualização e formação no Brasil pela Internet, a qualidade do conteúdo disponível é considerado pela maioria um fator preocupante. Apenas 3% consideraram a qualidade do conteúdo plenamente satisfatória, e 47% consideram esta qualidade razoável. Do total, 20% consideraram a qualidade deste conteúdo satisfatória, contra 20% que a consideram insatisfatória.
Certificações-chave para formação de um profissional de e-Learning
A pesquisa questionou as empresas sobre quais as certificações-chave para um profissional de e-Learning.
Do universo pesquisado, 29% consideraram ser importante que os profissionais de e-Learning tenham conhecimentos em Tecnologia da Informação, enquanto 25% responderam ser importante possuir conhecimentos na área de Pedagogia. Outros 23% consideram importante possuir conhecimentos na área de Treinamento; 14% sobre Gerência de Projeto e 9% em Comunicação Social. Vale salientar que cada atividade requer um especialista, mas buscamos identificar quais certificações as empresas reconhecem como sendo primordiais para os profissionais que tratam diariamente com e-Learning.
Canal que menos favorece a formação e atualização dos profissionais de e-Learning
A pesquisa levantou também qual o canal de mídia de grande importância que menos favorece a formação e atualização dos profissionais de e-Learning. Do universo pesquisado, 54% das organizações responderam que a mídia de massa (TV, Rádio, etc) é a que menos favorece a formação e atualização dos profissionais. Em segundo lugar, vem a mídia digital (Internet, CD Roms, etc.) com 30% das respostas dos entrevistados.E por último, o mercado de mídia impressa, que contou com 16% das respostas dos entrevistados.
Este resultado revela que mais da metade das organizações concorda que a mídia de massa, cujos principais meios são a TV e o Rádio, não apresenta uma programação específica para educação à distância, ficando este assunto ainda restrito à mídia digital e impressa, canais mais segmentados.
Preferências de um curso de formação em e-Learning
A pesquisa identificou quais os conhecimentos que os profissionais possuem interesse em adquirir na estrutura de programa de um curso de formação em e-Learning. Segue abaixo os resultados:
Como podemos observar, 39% responderam ter interesse em conhecer mais sobre o desenvolvimento de conteúdos para e-Learning, e 31% disseram ter interesse em adquirir conhecimentos sobre como gerenciar projetos em e-Learning.
Este resultado mostra que os profissionais das empresas estão dispostos a aprenderem técnicas de desenvolvimento de conteúdos em e-Learning, e também em adquirir conhecimentos sobre gerenciamento de projetos nesta área. Além do mais, as organizações também consideraram importante conhecer mais sobre os padrões de conteúdo e também como construir o Business Case para o e-Learning, como aponta a respostas de 12% dos entrevistados.
Modalidade de aprendizagem em um curso de formação de e-Learning
A pesquisa também abordou junto às organizações, em qual modalidade é possível obter o melhor aproveitamento em um curso de formação de e-Learning.
Do universo pesquisado, 39% responderam que para obter um bom aproveitamento em um curso de formação em e-Learning, é necessário combinar todas as formas de treinamento (blended learning), enquanto 21% apontaram ter preferência por aulas síncronas (on-line/em qualquer lugar/com a presença do instrutor) combinadas com aulas assíncronas (off-line/sem a presença do instrutor). Do total, 14% preferem aulas síncronas combinadas com presenciais e o mesmo percentual mantém preferência por aulas apenas presenciais. Apenas 2% responderam ter preferência por aulas assíncronas em um curso de formação de e-Learning.
O gráfico abaixo representa a distribuição percentual do setor de atividade das empresas que responderam a esta pesquisa:
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