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Existe um molde para formar líderes?

Por Carlos Faccina
Não é possível, ao falar de líderes, esquecer a prodigiosa complexidade da mente humana. Crer que líderes estão isentos da genética no seu ato de liderar é o mesmo que separar mente e corpo. Cientificamente, corpo e mente estão sempre em uníssonos e trabalham em conjunto.

Hoje sabemos, por meio da extensa obra científica disponível, que o sinal emocional vem antes do racional, e isso é um produto da mente, do inato, e não do aprendizado.

É de fundamental importância, nesse sentido, introduzir a natureza humana na análise de formação de líderes, sem a pretensão de determinar fronteiras se é produto do meio ou da genética. Alguns conceitos de neurociência aqui lançados podem, no conjunto, auxiliar os gestores e responsáveis pelos destinos das empresas e da formação de novos líderes.

Emoções, sentimentos e razão são produtos da mente. Dedicar-se a estudá-los de forma isolada pode transmitir uma perspectiva de perda de tempo, num ambiente de concorrência acirrada e de busca por soluções prontas. Contudo, nenhum processo de decisão prescinde dessas faculdades mentais. Por isso nos diferenciamos e não existem duas pessoas iguais. 

Não basta a cultura e a estratégia aplicadas isoladamente para “formar” líderes.

Nesse conjunto, a genética que particulariza cada um de nós estará sempre presente. É a nossa natureza , que acionada de forma conveniente (papel da cultura e da estratégia), determina e possibilita soluções adequadas para cada questão que se apresenta em cada mercado. As soluções para conflitos de gestão em mercados complexos, mutantes e permanentemente receptivos a novos competidores não podem ser programadas unicamente de forma racional.

Emoção e razão são companheiras para toda a vida. O primeiro sinal que nos move é sempre emocional e aí encontramos a razão como consequência . Sem ela, a emoção, condenamos ao desaparecimento o mais valioso ativo humano, a criatividade.

A emoção e o sentimento introduzem um alerta mental para as boas e más circunstâncias e, como sabemos, nossa carreira é feita disso. Emoção seria um antivírus aos riscos do lugar comum…

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