Por Carlos Faccina

Há algum tempo desempregado, frequentado os corredores e baias de consultorias especializadas em recolocação, eis que surgem duas empresas que demonstram interesse em você. A primeira é bem administrada, com boa imagem no mercado e presente nas listas das melhores empresas para se trabalhar. A segunda está presente no noticiário com histórico de administração problemática e luta recente para se reafirmar.

Enquanto a lógica indica ficar com a primeira, as oportunidades de carreira podem estar mais presentes na segunda opção.

O blogueiro ensandeceu? Não! Afirmo que estou bem das minhas faculdades mentais.

Assumir uma posição numa empresas consolidada é mais confortável, mas a carreira é mais lenta, exatamente por que os que ocupam as posições estão dando o retorno esperado. Você vai ter que esperar, e talvez sua carreira termine exatamente onde iniciou.

Reproduzo a opinião de Todd Zenger, da Washington University: “Imagine receber o comando da GE das mãos de Jack Welch, depois dos acionistas terem visto o valor da empresa se multiplicar por 40 nas duas décadas sob seu comando”.

Tarefa, convenhamos, nada fácil.

Guardada as devidas proporções, uma empresa mal administrada tem, em princípio, tudo por fazer. Qualquer acrescimento de valor é imediatamente percebido. Contudo, mal administrada não deve ser sinônimo de organização às portas falência.

Se surgem oportunidades de trabalho como essas, pense bem durante o processo. Enquanto a primeira opção é mais estável e conservadora, com perspectivas mais restritas de evolução, a segunda é mais arriscada, mas há mais para fazer, pensar e refletir. Sua ação pode ficar mais evidente.

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