Por Augusto Gaspar
Qualidade, Preço baixo e Rapidez: isso é tudo o que queremos quando procuramos por um serviço ou produto. Mas muitos acreditam que não dá para ter as três opções ao mesmo tempo, é preciso escolher duas. Você já deve ter lido, ouvido ou vivido esta história: se quisermos um serviço ou produto de qualidade com rapidez, iremos pagar mais caro; se o fator determinante for o preço, teremos que abrir mão da qualidade ou do prazo; já para ter rapidez e preço baixo, a qualidade será sacrificada.
No ambiente de negócios em que vivemos hoje, a rapidez tornou-se fator primordial. A velocidade com que se responde às demandas dos clientes, sejam eles internos ou externos, pode determinar o sucesso do negócio. É verdade que, muitas vezes, prazos são colocados para ter-se uma medida da capacidade de execução ou como um fator de desempate para a escolha de fornecedores. Mesmo trabalhando com prazos reais, necessários ao bom desempenho dos negócios, até que ponto estaremos dispostos a abrir mão da qualidade, e eventualmente do preço mais baixo, para termos velocidade? Até que ponto o senso de urgência criado por alguns gestores para “motivar” suas equipes nos leva a uma queda na qualidade do resultado, sem falar em um custo mais elevado?
É inegável que estamos trabalhando muito mais rápido do que há alguns anos, e tudo nos leva a crer que continuaremos acelerando mais e mais. A facilidade e a prontidão com as quais obtemos informações e alguns serviços que antes demandavam dias a fio criam um contexto de que o que é mais rápido é melhor. Talvez em alguns casos realmente seja, mas isso não pode ser visto como regra, sob pena de nivelarmos por baixo a qualidade do que buscamos.
Esta é uma boa questão, e o segredo é procurar sempre ter um planejamento correto de prazos, para que não seja necessário “apertar” demais seus fornecedores obrigando-os a abaixar a qualidade de seus serviços e/ou aumentar seus preços (mesmo que você não perceba isso).
Em uma negociação, não custa nada trabalhar abertamente essa questão, permitindo chegar a um balanceamento adequado entre as suas expectativas como cliente e a capacidade de entrega dos seus fornecedores, quebrando a regra de apenas duas das três opções. Uma negociação na qual as duas partes ganham certamente terá Prazo, Preço e Qualidade adequados.
(*) Augusto Gaspar é Diretor da unidade de Professional Services da MicroPower e coordenador da coluna “Desenvolvendo Talentos” desta revista. Comentários e contribuições podem ser enviados para augusto.gaspar@micropower.com.br Twitter: augustofgaspar