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Em carreira, não confunda rota com alvo

Por Carlos Faccina
Uma das missões mais importantes para o sucesso de um projeto de carreira é a adequação da definição do alvo. Ter clareza nessa elaboração e definição apoiará todo o processo de tomada de decisões que serão exigidas nas várias fases de construção.

Depois de bem definido, é fundamental ter determinação em atingi-lo. Hesitação pode deslocar energia importante e afastar o profissional dos seus objetivos. Mas coerência com o alvo não significa rigidez com a rota definida para alcançá-lo.

É preciso saber enfrentar os obstáculos que surgem para recuar, contornar ou superar ocorrências que são naturais. O caminho não é uma linha reta. Uma demissão nessa jornada é um tombo doloroso que pode nos tirar o foco. Mas oportunidades podem ser perdidas por uma fixação num único caminho. Também somos levados a empreender como opção profissional, frente a uma adversidade, mas sem preparo nenhum.

Se o alvo é um só, as rotas são estratégias. Então é bom conhecer bem seu alvo.

Somos levados a definir uma profissão muito cedo, na fase vestibular, com 18 a 20 anos. Nem sempre temos a maturidade suficiente para tomar uma decisão tão importante. Muitas vezes, já na fase dos 25 a 30 anos, o profissional opta por novas faculdades ou cursos de especialização que buscam um realinhamento com a própria vocação.

Mirar cargos ou empresas pode representar riscos ao considerar que o funil é natural nesses processos, mas ousar e se desafiar pode ser uma excelente mola propulsora. Confiança é combustível que acelera a aproximação ao alvo, mas que eleva em muito o nível de frustração em caso de surgir algum revés.

Procure estabelecer uma visão de futuro que envolva realização profissional e objetivos de construção de patrimônio, combinados com valores pessoais e familiares. Qualidade de vida, saúde e bons relacionamentos são fatores que devem compor essa mira. O alvo que nasce dessa reflexão é imbatível.

Em Como um principiante aos 40 anos de carreira, destaquei que a minha rota envolveu novos desafios em experiências reveladoras. Transitei entre a carreira acadêmica e corporativa, levando de um lado para o outro o que de melhor pude colher. Tive a rara oportunidade de conviver, aprender e contribuir com três setores da sociedade: a empresa, a universidade e o terceiro setor. Hoje me dedico à educação gerencial.

No post, Sua carreira precisa de um painel de controle, reforço a importância de estabelecer indicadores considerando elementos básicos de carreira (como formação, experiência e remuneração) em cruzamento com elementos individuais de análise (idade, estado civil, expectativa e patrimônio, entre outros). A rota desenhada deve levar em conta uma apurada autoanálise e ser colocada de acordo com as condições ambientais que definem as oportunidades e riscos do cenário em sua volta.

Como na condução de um avião até um destino seguro, sua carreira mira um alvo e deverá receber as ações necessárias para levá-lo até lá.

Boa viagem.

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