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Dominar informática é meio, não o fim de sua carreira

Por Carlos Faccina

Durante minha vida profissional, deparei-me frequentemente com colegas que dominavam tecnologia, principalmente informática, com o seu leptop tomando notas das sugestões, conceitos e formatando o conteúdo.

Isso ocorria principalmente quando o grupo de diretores ou gerentes era da geração que antecedia o início da digitalização do mundo. Esse era o momento de glória do “informatizado”. Passado esse momento, um dos executivos se encarregaria de apresentar o projeto, palestra ou a possível modificação do plano estratégico.

A apresentação exigiria outras habilidades além do domínio da informática ou era reservada para alguém de superior posto hierárquico.

A informática ocupou papel importante como meio de suporte para todas as funções empresariais: comunicação, administração, banco de dados, operação, faturamento, entre outros.

O suporte de tecnologia de informação demonstra que a Informática, apesar da sua importância, é meio e não um fim em si mesma. Por que digo isso?

A exagerada ênfase do domínio desse campo tecnológico pode levar alguém a crer que, satisfeito o requisito, a carreira esta assegurada. Parodiando Descartes, sem informática, hoje não existo. Mas a simples existência não é suficiente.

A preocupação do domínio do Inglês, essencial para a carreira, soterrou a importância do Português nas empresas. Hoje poucos profissionais dominam e se comunicam bem no nosso idioma, que continua sendo ferramenta essencial no cotidiano corporativo para expor ideias, aprovar projetos e, sobretudo, liderar sob uma linguagem clara e objetiva.

Assim como no caso do domínio de língua estrangeira, é falsa a crença de que, se sou informatizado, vou fazer sucesso. Pode haver muita frustração nessa concepção.

É preciso não perder de vista que a formação profissional e carreira jamais prescindirão do equilíbrio entre os dotes humanos: reflexão, criatividade, analogia, intuição, cultura, impulsos, juízo material e assertividade. Com o apoio da tecnologia, é claro, considerando todos os avanços que temos hoje disponíveis.

Portanto, ter domínio da informática, assim com de línguas, é fundamental – é requisito para uma carreira de sucesso, mas não se constitui na chave do sucesso. Essa ainda repousa no humanismo revisitado e ampliado.

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