Por Carlos Faccina
Vivemos em sociedade e a empresa é uma célula que reproduz seu ambiente social e contempla todos os comportamentos humanos. Dentro das paredes corporativas, podemos encontrar manifestações de ciúme, inveja, ódio, rancor, maledicência, maldade e cobiça, bem como de amor, altruísmo, companheirismo, solidariedade. A natureza humana revela-se em todos os lugares.
Se estamos vivos e trabalhamos numa organização, as virtudes e defeitos humanos estarão sempre presentes. Segundo Steven Pinker (autor em 2011 do livro The Better Angels of Our Nature: Why Violence Has Declined e um dos mais respeitados analistas do cérebro humano), o homem não vivia preliminarmente numa sociedade pastoral romântica e pacífica. Segundo ele, a crueldade é parte da evolução.
O que nos faz manifestar entre a virtude e o defeito é uma conta estratégica nesse processo de evolução. A violência é uma reposta quando nos parece a melhor opção. Quando representa um risco, resistimos a adotá-la. Essa conta é colocada muitas vezes no processo profissional.
Reconhecer os defeitos humanos é uma forma de mostrar como realmente somos e não como uma teoria supõe que sejamos. Se os “defeitos de fabricação” continuam existindo, o que nos “salva” é a moral e a ética. Daí ser importante compreendê-las e praticá-las.
Vamos pensar sobre o ciúme, que não é sinônimo de inveja. Ciúme é mais poderoso para corroer relações profissionais. O invejoso gostaria de possuir o que não tem. Seu cargo, por exemplo, ou sua maneira sólida de construir relacionamentos.
Contudo, a inveja pode se aplacada em determinadas circunstância, ao passo que ciúme é mais cruel. Trata-se de um sequestro emocional, uma relação danosa mais real e se manifesta sempre e de forma sistemática.
Distinguir se é ciúme ou inveja que o cerca é o primeiro passo para compreender o que pode afetá-lo. Cabe a você neutralizá-los, visto que, como parte da natureza humana, não se extinguem jamais. Do ouro lado, evite a posição de vítima associada às manifestaçãoes de ciúme e inveja.