Por Carlos Faccina
Trabalhei com seis Chefes de Mercado Brasileiro na Nestlé, suíços e brasileiros. Apesar da diferenças de nacionalidade, cultura e formação, todos tinham uma frase em comum : ” A única certeza é a mudança”.
Inspirado nessa frase, apresento outras cinco que fizeram muito sucesso ao longo do tempo. Foram passaporte para recrutamento e seleção, progresso na carreira, ou ainda apresentavam o homem certo para o lugar certo. São elas:
1. Domino Inglês. Ainda vital para qualquer pretensão de carreira, quer em pequenas , médias e grandes empresas (Multinacionais ou Nacionais), deixou se ser uma vantagem e hoje é pré requisito. Sem inglês nada feito, mas alardear isso cai no vazio
2. Sou formado em uma boa Escola de Administração. Verdade até o momento em que o tipo de formação universitária define os rumos do sucesso. A ênfase nos aspectos técnicos da função, daí a vantagem de administradores e por vezes, engenheiros. A competitividade mudou essa equação. As empresas procuram, hoje, mais que a natureza do seu diploma e mais seus traços de personalidade, a exemplo de intuição, agressividade, resiliências, etc.
3. Tenho experiência. A exemplo do diploma de administrador isso já foi símbolo e passagem para a contratação. Não que a experiência não tenha importância, afinal de contas é uma excelente ferramenta para criar na linguagem informal da gestão “couro grosso”. Mais que a experiência, a seleção de candidatos está mais voltada para a capacidade do candidato em enfrentar situações adversas, solucionar crises e sobretudo ter um olhar voltado para as oportunidade.
4. Sou expert em informática. Até em torno de 2005, remanesciam, nas empresas, gerentes e diretores da velha guarda que se mostravam reféns dos que tinham habilidade e facilidade com os sistemas de informática. Os últimos anos marcaram um progresso acentuado, mesmo entre os “velhinhos” que procuram se atualizar. Hoje é pré requisito, a exemplo do Inglês.
5. Lidero projetos até o fim, não deixo algo inacabado. Comportamento e ação apreciada num mercado que demonstrava mais certezas que incertezas. Hoje, abandonar um projeto pode ser e é, por muitas vezes, sinal de bom senso. Dependendo do tempo e da volatilidade do mercado, deixar um projeto de lado, em prol de outro, pode demonstrar inteligência e capacidade de compreender o mercado num dado momento. Pode ser que o mercado não está propenso ao produto final do dado projeto em andamento, como se supunha.
