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Carreiras que souberam entender a natureza humana

Por Carlos Faccina
O economista e banqueiro dos pobresMuhammad Yunus ganhou o Prêmio Nobel da Paz ao emprestar dinheiro a pobre em Bengladesh. Em 1976, emprestou 27 dólares a cada artesão de um grupo de 42 em dificuldades. Com a iniciativa, lançou o conceito de microcrédito e do banco que fundaria, o Grameen.

“Minha experiência do Grameen deu-me uma fé inabalável na criatividade dos seres humanos. Ela me fez concluir que eles não nascem para padecer com a fome e a miséria. Se estas os fazem sofrer em nossos dias, como aconteceu no passado, é porque desviamos os olhos do problema”, explica o autor do livro O Banqueiro dos Pobres.

O pulo do gato que levou Samuel Klein, das Casas Bahia, ao sucesso foi entender mais do que as necessidades, o ser que habita por detrás de seu consumidor, desde o tempo em que chegou ao Bom Retiro e comprou uma carteira de 200 clientes e mercadorias. Vendia de porta em porta pelas ruas de São Caetano do Sul e, quando algum cliente dizia que não podia pagar, Klein oferecia boas condições de pagamento. “Sempre vendi a prazo e conquistava minha freguesia com simplicidade – porque eu sou uma pessoa simples, fui pobre e sei das dificuldades da gente mais humilde”. 

São dois excelentes exemplos da compreensão da Natureza Humana, que está por detrás de toda e qualquer corporação, ou mesmo, de um simples negócio. Yunus transitou com ética por um terreno pantanoso: o das finanças. Mais pantanoso ainda por focar um mercado de gente pobre. Esse aspecto já rendeu discussões que encheram folhas de papel editado através dos séculos, de autoria dos mais respeitados pensadores da História da Humanidade.

Devemos compreender a Natureza Humana como eixo essencial do negócio. O Banco Grameenn e as Casas Bahia só chegaram a ser referência porque seus líderes souberam olhar uma faze oculta do empreendimento para seus pares. Praticaram sua intuição e percepção. Demonstraram a capacidade de entender o homem por detrás de sua falta absoluta de recursos materiais.

Agora, imaginem se os dois tivessem se submetidos aos pressupostos da Qualidade Total? Ou se tivessem adotado uma reengenharia de processo? Onde estariam? Certamente, de case para especialistas em administração de empresas, eles teriam sido apenas mais um empresário. Jamais um doutor de universidade investigaria essas trajetórias.

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