Sessão — 15/10/2025 · 17h às 18h · Primeiro dia do Congresso Brasil Digital 2025
A sessão “Brasil Digital em Ação: Comunicar e Colaborar para Realizar” apresentou o panorama integrado das iniciativas, fundamentos e pilares que sustentam o Instituto Brasil Digital (IBD), o Movimento Brasil Digital para Todos (BDT), o Sistema Nacional de Ecossistemas Brasil Digital (SINEco) e o conjunto estratégico que guiou as realizações de 2023 a 2025 e orientará o planejamento entre 2026 e 2030.
A abertura foi conduzida por Ary Silveira Bueno, vice-presidente executivo do IBD, que contextualizou o papel do Instituto como uma instituição sem fins lucrativos, suprapartidária e comprometida com a consolidação da cultura de inovação e transformação digital alinhada ao ESG no país. Ele apresentou o BDT como um movimento de interesse nacional com foco claro em comunicar, colaborar e realizar um Brasil digital inclusivo, sustentável e inovador, colocando as pessoas no centro do desenvolvimento. Sua fala reforçou que o movimento busca preparar indivíduos e organizações para os desafios e oportunidades do mundo digital, garantindo que a transformação tecnológica seja feita de forma ampla, ética e com visão de futuro.
Em seguida, Fábio Bordin detalhou como o IBD vem, há 25 anos, consolidando sua atuação na jornada de transformação digital do país. Ele apresentou a governança do Instituto, estruturada em conselhos deliberativo, consultivo, fiscal e de notáveis, e destacou quatro iniciativas essenciais: o próprio IBD como operador das ações prioritárias; a Academia Brasil Digital, construída sob o modelo 70-20-10 para aprendizagem colaborativa; o Congresso Brasil Digital, que semestralmente dissemina tendências e experiências de inovação; e o Prêmio Brasil Digital Osiris Silva, voltado ao reconhecimento de iniciativas transformadoras. Fábio reforçou que o período 2025–2030 será guiado por objetivos claros: empoderar pessoas protagonistas, estimular a economia digital e apoiar a execução das ações da Estratégia Brasileira de Transformação Digital.
A continuidade da sessão ficou a cargo de Francisco Milreu, que apresentou o BDT como uma das quatro iniciativas do IBD. Ele explicou que o movimento é pautado por cinco princípios fundamentais: interesse nacional, centralidade nas pessoas, caráter suprapartidário, atuação voluntária e ausência de promoções comerciais ou político-partidárias. Francisco reforçou a importância do alinhamento do BDT com a Estratégia Digital brasileira, com a governança ESG e com o uso de tecnologias habilitadoras para gerar impacto socioeconômico, projetando metas até 2030 como criação de novos empregos, aumento do PIB, melhoria dos serviços digitais e integração de ecossistemas estaduais e regionais.
Na sequência, Wagner Giovani apresentou o SINEco, Sistema Nacional de Ecossistemas Brasil Digital. Ele destacou sua criação em 2022 e o objetivo de expandir o movimento nacionalmente de forma estruturada, envolvendo regiões que representam grande parte da população e do PIB do país. Detalhou a atuação dos conselhos nacional e estaduais, responsáveis por acompanhar ações prioritárias, integrar novos atores das quatro hélices (academia, empresas, governo e sociedade) e promover iniciativas de educação digital, economia digital e inovação. Wagner também explicou como cada ecossistema possui objetivos finalísticos, atividades prioritárias e entregáveis que orientam a maturidade digital local.
A segunda parte da sessão aprofundou os cinco pilares do ecossistema Brasil Digital em Ação, cada um apresentado por um especialista responsável. Mirian Zacareli revisitou o pilar Pessoas Protagonistas, explicando seus seis fundamentos, que incluem mindset ágil, autodesenvolvimento e cultura organizacional, além da importância de planos de desenvolvimento individual estruturados no modelo 70-20-10. Afonso Braga tratou do pilar Negócios Digitais, apresentando seus três fundamentos essenciais: transformação da experiência do cliente, digitalização de processos e evolução ou reinvenção dos modelos de negócio, apoiada por um roadmap em cinco estágios. Fernando Coelho revisou o pilar Governos Digitais, detalhando seus seis fundamentos que norteiam um Estado centrado no cidadão, integrado, inteligente, seguro, transparente e sustentável, alinhado às estratégias nacionais de governo digital. Marcos Lichtblau discorreu sobre o pilar Economia Digital, apresentando quatro fundamentos baseados em inovação aberta, produtividade, ambiente de negócios e educação digital, que sustentam a competitividade e a inclusão no país. Por fim, Thais Ferreira apresentou o pilar Sociedade Inclusiva, explicando seus quatro fundamentos voltados à construção de uma sociedade ética, equalitária, sustentável, digital e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A sessão encerrou reafirmando que o Brasil Digital em Ação é um movimento nacional articulado, guiado por metas até 2030, e sustentado por pessoas, ecossistemas e pilares que trabalham juntos para transformar o país de forma inclusiva, colaborativa e orientada ao impacto.


