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As mulheres aceleram para superar desafios

Por Carlos Faccina
As recentes imagens tiradas da situação profissional da mulher no mercado são registros estáticos de um processo que está em movimento de mudança.

Como numa corrida, a imagem mostra o carro das mulheres atrás do concorrente dos homens em relação a cargos e salários. Olhar o dado de forma estática pode ser motivo de apreensão, mas ao considerar a evolução da corrida nas últimas voltas fica claro uma aproximação lenta, mas constante.

O desempenho da mulher reduziu a distância nos últimos tempos e a tendência para o futuro é um equilíbrio maior dessa disputa. Como num movimento pendular, as características inatas das mulheres são muito procuradas em algumas áreas e cargos de liderança.

Depois de ser presença marcante em setores de comunicação, recursos humanos e atendimento, as mulheres estão assumindo gradativamente posições de importância em finanças, marketing e vendas. Elas têm participação ativa nas ONGs e em projetos que envolvem questões de sustentabilidade e meio ambiente. São mais empreendedoras também.

Muitas empresas já têm mulheres em posição de comando. Ter presidenta não é mais fato isolado em vários países, como registramos no Brasil.

Em escolaridade, as mulheres apresentam nítida vantagem com mais tempo de formação – um diferencial cada vez mais importante. As salas de aula das universidades, independentemente do curso, já são divididas com as mulheres. Para funções que exigem sensibilidade, disciplina, foco e capacidade de relacionamento, as mulheres largam na frente. De uma certa forma, elas têm mais pragmatismo frente à vida em situações de sofrimento para solução de problemas.

Se a tendência é boa, as diferenças ainda são grandes e os obstáculos, muitos. As mulheres sofrem com a sobrecarga das responsabilidades de trabalho e família. Nas classes C, D e E, elas são os pilares, trabalham e cuidam da família (o que explica o fato delas serem eleitas as responsáveis por receber os benefícios dos programas sociais, como bolsa família).

Equilíbrio é a palavra chave que deve nortear a presença mais justa da mulher no mercado de trabalho, uma tendência inequívoca. Por outro lado, assim como deve acontecer com os homens, realização, satisfação e felicidade serão ingredientes fundamentais para indicar esse caminho para cada profissional individualmente.

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