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A estratégia de carreira pré-emprego

Por Carlos Faccina
Uma carreira, evidentemente, não começa no primeiro emprego. Não dá pra agendar a data de início de carreira, porque, quando ingressamos na Educação Fundamental, uma história começa a ser escrita e novos capítulos são acrescentados no Ensino Médio, Superior e Pós-Graduação.

Por que isso? Educação e formação mantêm laços indissolúveis com nossa possibilidade de carreira. Vamos entender alguns passos do tabuleiro da carreira profissional prévios ao primeiro emprego:

– Na Educação Fundamental, os pais têm um papel relevante. Reconheça e estimule a reflexão de seu filho em relação às diversas profissões, sem pressão e de maneira lúdica. Pode ser um bom exercício que vai ajudá-lo no futuro. Perceba algumas características que podem ajudar a comprender preferências da criança;

– No Ensino Médio, procure experimentar vocações. Conheça carreiras, converse com profissionais. Muitas escolas mantêm trabalhos sérios de Orientação Vocacional e promovem encontros de alunos com profissionais. Visitar universidades também é muito importante para entender o que lhe espera na fase seguinte;

– O próximo movimento importante do tabuleiro é dado na hora da escolha da formação e instituição de ensino superior. Normalmente essa decisão é tomada numa fase muito imatura para quem deve projetá-la para o futuro. Não adianta forçar a barra. Se você não tem aptidão por ciências exatas, não escolha engenharia. O índice de desistência em cursos em razão da falta de aptidão gira em torno de 40%. Tempo perdido difícil de ser recuperado;

– Fique de olho também no mercado vai precisar daqui a quatro ou cinco anos, tempo médio de duração de um curso universitário. Não basta saber a carreira da moda no ano seguinte, mas, no médio prazo, é importante identificar a tendência mais provável;

– As empresas também apontam muitas das demandas em termos de atitudes, habilidades e competências esperadas. Muitas publicações, como a Época Negócios, retratam a evolução do mercado de trabalho nas grandes corporações;

– A fase universitária deve ser muito bem aproveitada. Cursos complementares e participação em iniciativas extracurriculares podem desenvolver habilidades complementares. Trabalhos voluntários são bem avaliados em um processo de seleção como diferenciais importantes na disputa. Tenha participação ativa no mundo acadêmico. Fique de olho em estágio e programa trainee;

– A hora da verdade, que é a entrevista de seleção, merece treinamento e preparação. O comportamento e a expressão facial falam muito por você. Não tenha medo de sorrir, de demonstrar que é feliz e que otimismo para você não é ilusão. Demonstração de confiança e a certeza do que você pode realizar são bem avaliadas. Nem sempre a primeira impressão é verdadeira, mas normalmente é a que permanece. Em 70% dos casos, é nesse primeiro retrato que o candidato define sua sorte. O quem vem depois é complementar;

– Coloque-se um pouco na pele do recrutador e tente perceber o que ele esta tentando procurar para o bem da empresa e, claro, dele próprio. Estar do mesmo lado é extremamente positivo;

– Olhe nos olhos do recrutador e permita que ele faça o mesmo.Isso permite a você perceber se o que esta ocorrendo vai para o lado positivo ou negativo. E, dessa forma, não perder o controle da situação;

– Ingredientes fundamentais em qualquer carreira profissional: sólida formação técnica, inglês, demonstração de conhecimento da empresa em que deseja trabalhar, (estude antes da entrevista) e curiosidade intelectual (um boa formação cultural ajuda a demostrar que você é uma pessoa voltada ao mundo);

– Seja sempre você mesmo e não quem esperam que você seja. Mais cedo ou mais tarde vão descobrir que não falou a verdade. Sua credibilidade é tudo, mesmo não sendo admitido em uma ou outra empresa, ela certamente o conduzirá para seu destino correto;

Saiba perder e aprenda com a recusa em um processo de seleção. Muitos virão pela frente.

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