Por Carlos Faccina
O termo “coaching” veio do esporte e seus conceitos expõem a necessidade que temos, muitas vezes, de buscar apoio externo para superar limitações das quais não conseguimos nos livrar. O coach se propõe a ajudar o seu cliente a atingir o seu melhor e a produzir os resultados que ele quer na sua vida profissional e pessoal. As empresas e os líderes, que deveriam ser responsáveis por essa condução, também admitem, de certa forma, sua incapacidade de cumprir esse papel e recorrem a profissionais especializados.
Hoje, nas empresas, o coaching já é uma atividade quase que rotineira e crescendo. Segundo dados da ICF-Brasil (International Coaching Federation), a atividade já movimenta mais de R$ 20 milhões por ano e a perspectiva é que feche 2011 com um crescimento na ordem de 20%.
Uma explicação para essa evolução está no fato de que um grande número de jovens executivos ascendem rapidamente a posições de importância nas empresas. Bem preparados, falando duas línguas fluentemente, formados nas melhores universidades, talvez já com uma vivência internacional, são inexperientes e sem prática na dura batalha do dia a dia.
A segunda razão para esse crescimento é que a complexidade dos negócios, com concorrência acirrada, mudanças de hábito do consumidor, pressão por resultados no curto prazo e ameaças de crise dificultam a gestão. Nesse momento, nada como um “olhar de fora” para abrir nossos os olhos, promover a intuição, reduzir a aflição e, sobretudo, sentir-se mais seguro nas ações de gestão.
O que é perigoso, por outro lado, é quando o coach vira “muleta”. Gestores não podem esperar orientação para tomar decisões – o mercado não espera. Certas ações são de extrema urgência e sua ausência pode comprometer o resultado. Não dá para chamar o técnico na hora de chutar a bola que se apresenta na pequena área em decisão de campeonato.
Coach é bom, mas você ainda é o principal responsável pela gestão dos resultados e de sua carreira.