Por Carlos Faccina
Watson, em sua célebre frase ” dê-me 12 crianças e farei delas o que quiser: engenheiros, músicos, físicos, químicos etc”, manifestou o auge da ideia de que podemos transformar pessoas a nossa vontade. .
É possível, sim. Mas fica guardada para a realidade futura dessas crianças a qualidade da sua profissões o quanto serão bons profissionais, apesar de ostentarem o títulos correspondentes.
Quando se diz que é possível ser o que desejamos ser, normalmente a frase vem de uma pessoa bem sucedida e que é autoridade e exemplo naquilo que faz.
Essas pessoas bem sucedidas em um ramo qualquer do conhecimento, na realidade, projetam seu talento e criatividade inatos, para fora de si mesmos, sem atentarem para o mais comezinho conhecimento do que diz à neurociência, quer em artigos científicos, como “Tabula Rasa ‘ de Pinker, ou o texto do jornalista Robert Wright, autor de ” O animal Moral”.
Não somos tábula rasa, ao nascer, portamos um software, isso não significa vantagem ou desvantagem natural, muito menos superioridade racial. Não se trata, portanto, de dizer que os genes são tudo e que a cultura que nos envolve (isso inclui treinamento, ambiente, orientação , aprendizado) não é nada .
Invariavelmente, politicamente correto, é que a igualdade (todos somos aptos para tudo) é a base de todo o processo de formação, principalmente nas empresas que investem milhões de reais , na esperanças de transformar , moldar e sobretudo criar novas personagem adaptadas as suas crescentes necessidades.
A cultura é crucial, mas a cultura não pode existir e proliferar sem as faculdades mentais, instrumento que permite ao homem criar, desenvolver e sobretudo ter a visão concreta da aplicabilidade da cultura à vida real.
Portanto respeitar a desigualdade é conhecer o homem, como ele realmente é e não como nós o imaginamos ou projetamos “destinos” profissionais ou vivenciais.
Qual a razão do predomínio de politicamente correto, todos podemos? creio que, pela facilidade de abordagem do tema, visto que, no mundo empresarial, qualquer processo que dependa de uma análise mais profunda da natureza humana e que envolve a saída do pragmatismo reconhecido, é imediatamente substituído por algo mais palatável, visto ser muito mais fácil a substituição da compreensão das faculdades mentais distintas em favor de atos ditos práticos.
A pergunta que se impõe nesse post, é possível aprender tudo, treinar criatividade, digo que sim , mas o – não – deve ser levado em conta já que e outras habilidades e talentos existentes, levam-nos, provavelmente, a corremos o risco de no máximo atingirmos a média e jamais nos aproximarmos da excelência.