FATEC Votorantim – TV Box na Educação
A FATEC Votorantim apresentou no Congresso Brasil Digital 2025 sua experiência em parceria com a Receita Federal para transformar aparelhos de TV Box apreendidos — originalmente usados para pirataria — em mini computadores educacionais. O projeto, parte do programa Cidadania Fiscal, recebeu inicialmente 300 equipamentos (BTV e MXQ), cada qual com tecnologias diferentes, exigindo estudo técnico e parcerias com instituições como UFSCar e outras Fatecs. Os alunos foram colocados no centro do processo: antes da capacitação técnica, passaram por um trabalho de conscientização sobre pirataria, responsabilidade social e uso ético da tecnologia. Depois, participaram ativamente da criação e clonagem de imagens Linux, da substituição de componentes, da configuração dos dispositivos e de todo o processo de descaracterização.
Após auditoria da Receita Federal, 234 equipamentos foram aprovados e convertidos em computadores funcionais, permitindo a criação do primeiro laboratório de informática do país composto exclusivamente por máquinas recicladas desse tipo. Os mini PCs também passaram a ser usados em projetos de iniciação científica envolvendo IA, reconhecimento facial, IoT e computação embarcada. Além do impacto pedagógico, o projeto gerou inclusão digital ao preparar equipamentos para doação a escolas públicas e projetos sociais, mesmo em locais sem internet. Nada foi descartado: peças inutilizadas foram reaproveitadas em outros projetos ou encaminhadas a cooperativas. A iniciativa promoveu economia circular, desenvolvimento de competências técnicas e socioambientais e alinhamento com ODS, e agora busca ampliar o número de equipamentos transformados, aumentar a eficiência do processo e incluir pais e comunidade em capacitações voltadas à sustentabilidade e empregabilidade.
Marins Bertoldi – Formação para a Nova Advocacia
O escritório Marins Bertoldi mostrou como modernizou sua formação jurídica ao criar uma Academia Corporativa voltada às competências exigidas pela nova advocacia. A iniciativa surgiu da necessidade de ir além do domínio técnico tradicional, incluindo habilidades relacionadas a pessoas, liderança, mercado, experiência do cliente, cultura organizacional e tecnologia. Para isso, estruturaram seis escolas de desenvolvimento: Pessoas, Negócios, Mercado, Excelência Técnica, Cultura e Diversidade — compondo um modelo que complementa a formação jurídica clássica com competências essenciais ao advogado contemporâneo.
A trilha formativa acompanha o ciclo natural da carreira — de estagiário a sênior — com módulos essenciais, complementares e diferenciados, integrando momentos online e presenciais, metodologias andragógicas, microlearning e o modelo 70-20-10. A academia, mesmo com apenas um ano, já acumula mais de duas mil horas de formação e contribui diretamente para a gestão de desempenho, alimentando indicadores e processos de desenvolvimento, seleção e progressão. A tecnologia, ainda que enfrente resistência entre alguns profissionais, torna o aprendizado mais dinâmico, escalável e conectado ao ritmo atual da advocacia. Ao incluir temas como saúde mental, bem-estar, ética, diversidade e transformação cultural, o escritório prepara profissionais mais completos e alinhados às demandas do mercado e da sociedade, fortalecendo seu papel dentro de um contexto de cidadania e governo digital.


