Médico paulistano, especialista em transplantes de fígado, Dr.Paulo Chapchap, 61, ocupa desde fevereiro de 2016 o cargo de CEO do Hospital Sírio-Libanês, onde instituiu técnicas de gestão a um dos mais respeitados centros de referência em saúde no País
Paulo Chapchap é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Entre 1986 e 1987 foi bolsista de investigação e professor assistente visitante do departamento de transplante de fígado da Universidade de Pittisburgh (EUA).
Doutor em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo, foi membro do Conselho da Sociedade Internacional de Transplante Hepático, de 2007 a 2011.
Antes de assumir a Superintendência de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês, Chapchap foi membro do Conselho de Administração da instituição.
Atualmente, como diretor do Programa de Transplante de Fígado do hospital, acumula a liderança de uma equipe pioneira na área no Brasil, com a maior experiência em transplantes pediátricos intervivos, com índices de sobrevida semelhantes ou superiores às principais instituições internacionais.
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Dr. Paulo Chapchap
“Com grande emoção e admiração pelos Patronos que me antecederam, recebo este Prêmio, outorgado pela MicroPower e pelo Institute for Learning & Performance Brasil. Quando o Francisco me convidou e disse quem tinha sido homenageado: Wilson, Trabuco, Ozires Silva, Chieko Aoki e tantos outros, eu realmente achei que era imerecida essa homenagem, mas depois eu despersonalizei a homenagem e entendi que quem está sendo homenageada aqui é a Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês, que existe desde 1921 e foi fruto de um sonho de 27 senhoras, que se reuniram em novembro daquele ano.
Para vocês terem uma ideia, naquela época, as mulheres não votavam no Brasil, eram consideradas hipossuficientes para escolherem a sua liderança, mas elas externaram um forte desejo de retribuir à sociedade brasileira a acolhida que os imigrantes tiveram nesta nação.
Os imigrantes do Oriente Médio e os imigrantes de tantas outras nações, que vieram no fim do século XIX, começo do século XX, saíram de uma situação extremante negativa, como a gente vê de novo no Oriente Médio, e tiveram uma acolhida extraordinária pela sociedade brasileira, como um todo. Assim, as 27 senhoras decidiram que deveriam retribuir essa acolhida com a fundação de um hospital.
O que poucos sabem é que esse prédio ficou pronto em 1940 e, antes de se tornar um hospital, foi uma escola de cadetes e lá nos alicerces desse prédio, que nós ainda utilizamos, estão os mais altos valores morais das nossas forças militares e que até hoje regem eticamente a conduta de todos nós, da Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês.
Outra coisa que poucos sabem é que a nossa bandeira recebeu “Ordem e Progresso” como um lema positivista. Mas vocês sabem o que falta ainda na nossa bandeira, e que é desnecessário, porque está em nossos corações? O verdadeiro lema positivista era “Amor, Ordem e Progresso”, e nós decidimos que precisamos externar uma estrela-guia com “Ordem e Progresso” e sem a necessidade de externar o amor, porque o amor continua aqui no coração de todos os brasileiros.
Nós somos realmente um povo cordial, um povo que faz as coisas com grande amor e é esse amor que rege a Sociedade Beneficente de Senhoras, um fortíssimo desejo de conviver com toda a sociedade brasileira e compartilhar os nossos conhecimentos. E eu imagino que seja por isso que estamos sendo homenageados.
Nós temos um instituto de ensino e pesquisa que se incomoda com a situação de privilégio e protagonismo do Hospital Sírio-Libanês e quer, então, transferir ou compartilhar esses conhecimentos com toda a nação brasileira. Para vocês terem uma ideia, só neste ano, nós temos oito mil bolsistas, profissionais da saúde que não pagam um tostão para fazerem os cursos no Hospital Sírio-Libanês. E, literalmente, são de todos os estados brasileiros, para o objetivo precípuo do desenvolvimento do Sistema Único de Saúde.
Então, é com muita honra que eu me sinto homenageado aqui, em nome dos seis mil colaboradores do Hospital Sírio-Libanês e dos quatro mil médicos. Essas 10 mil pessoas estão perfiladas aqui comigo, com destaque especial para a Diretoria de Senhoras.
Dona Marta Kehdi Schahin, receba esse cumprimento em nome de toda a Sociedade Beneficente de Senhoras, porque vocês fazem a diferença. Nós somos diferentes graças à presença diuturna de vocês em nosso hospital. Muito obrigado.”
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Ao entregar o troféu ao Dr Paulo Chapchap, homenageado como Patrono da edição 2017/2018 do Prêmio Learning & Performance Brasil, o Brig. Damasceno, Patrono da edição 2016/2017, enalteceu suas qualidades como pessoa, médico e gestor de uma das maiores referências hospitalares do País.
“Sob sua gestão o paciente tem nome, corpo e alma, e é acolhido com dignidade e amor. É admirável sua conduta defendendo as relações público privadas, sem qualquer moldura ideológica, fundamentais na área de Saúde pública.
Sou prova disso, quando de sua pronta resposta e desprendimento para viabilizar que jovens médicos ingressos na Força Aérea, fossem capacitados para cursarem suas residências médicas no Hospital Sírio-Libanês, o que despertou o interesse do Ministério da Educação que estuda estender este procedimento Brasil afora.
São médicos que permanecem no máximo 8 anos servindo as Forças Armadas, e que ao saírem para o mercado serão gratos por parceria tão significativa para a sociedade”.
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