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Congresso
Resumo
das Palestras17
de abril |
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Sessão
Europa
Frank Umole - Shell
Universidade
Aberta Shell
No final dos anos 90 dissemos aos nossos funcionários que os tornaríamos
empregáveis, mas não lhes daríamos empregabilidade
para a vida toda. Se pensarmos em empresas grandes como a Shell que existe
há muitos anos no mercado, é natural que seus funcionários
tenham a expectativa de terem seus empregos para a vida toda.
O treinamento em sala-de-aula naquela época
estava em baixa devidos aos seus altos custos. Começamos
a pensar em que tipo de treinamento poderíamos
oferecer aos funcionários que supriria o tipicamente
realizado em sala-de-aula. Antes de 2000 ficou claro
que direção deveríamos tomar. Essa
foi uma iniciativa interna, mas ainda havia três
outros fatores presentes. Havia a necessidade de termos
um quadro global de funcionários. Tipicamente
a empresa conta com funcionários que podem trabalhar
em qualquer parte do mundo, portanto é necessário
que todos os funcionários tenham conhecimentos
que possam ser utilizados em qualquer lugar do planeta.
A outra iniciativa foi encontrarmos novas formas de
aprendizagem, de caminhada e de recursos. As novas
formas de caminhada se referiam a novas formas de gerenciamento
de conhecimento. Vínhamos conseguido fazê-lo
de tal forma dentro da empresa que 14.000 pessoas estavam
sendo mantidas juntas na plataforma. Este era o quadro
antes de 2000.
Também percebemos a necessidade de avaliação
do e-learning e da apresentação ligada
ao indivíduo. Penso que se estivesse apresentando
estes slides dois ou três anos atrás, colocaria
treinamento baseado em computadores ou treinamento baseado
em tecnologia. Obviamente acreditamos em aprendizagem
ou treinamento guiado como um componente importante para
a aprendizagem. Essas são as três maiores
influências internas que estavam ocorrendo dentro
da empresa.
Por último havia o valor da proposta dos funcionários. Cerca
de dois anos e meio atrás muitos queriam trabalhar
na Shell e em estatais. Também tínhamos
um problema com a questão de recursos. Consideramos
que a proposta dos funcionários era muito boa
no sentido de que o desenvolvimento poderia ser usado
para atrair e reter pessoal na empresa.
Também mudamos a filosofia de nossa empresa
para trabalho mais baseado em equipe. Passamos inclusive
a reconhecer o impacto que a tecnologia causa no desenvolvimento,
que auto-desenvolvimento é importante e que treinamento
ou aprendizagem deve ser muito mais determinado pelo
próprio indivíduo do que ser dito a ele
o que deve fazer.
Como disse, essas iniciativas se tornaram o que chamamos de Universidade
Aberta Shell.
Emprestamos o termo Universidade Aberta do conceito de universidade aberta
no Reino Unido, bastante popular na Europa para aprendizagem de adultos.
Vimos que se tratava de um modelo muito bem sucedido que poderíamos
trazer para dentro de nossa corporação.
Todas as iniciativas dentro da Shell para formar este conceito se tornaram
habilidades-chave para gerir nosso negócio. Um dos pilares para
a Universidade Aberta Shell como podemos ver é o e-learning. Algo
que consideramos de vital importância para atingirmos resultados é a
parceria. Também acreditamos que precisamos mudar nossa mentalidade
centralizadora para um modelo total onde teremos condições
de levar treinamento ao indivíduo. Acreditamos que a avaliação é um
dos pilares para fazer com que isso aconteça.
E-learning pode querer dizer aprendizagem eletrônica, porém
nós o vemos como uma forma alternativa de aprendizagem, principalmente
devido ao tempo gasto pelo aluno.
O próximo pilar é nosso padrão
de aprendizagem. Usamos este modelo para decidirmos
que padrão de aprendizagem iríamos adotar
e o que ele significaria para nós e para a Universidade
Aberta Shell. Se examinarem nosso conteúdo poderão
identificar em nossos negócios áreas que
lidam com conhecimento emergente, coisas novas, negócios
novos com os quais estamos envolvidos. Precisaríamos
proporcionar algum tipo de treinamento para nossos novos
funcionários que não encontraríamos
em nenhum outro lugar. Concentraríamos nossos
esforços em provisão de conteúdo
naquela área, tradicionalmente encontraríamos
soluções em parceria com universidades,
indústrias e pesquisas. Provavelmente nosso padrão é o
que nos diferencia da concorrência.
O conteúdo para grupos seria delineado a partir de alianças
seletivas, terceirização ou parcerias com universidades que
oferecem suporte às disciplinas.
E finalmente o programa "ep-business" que adquirimos pronto.
Uma das áreas englobadas pelo "ep-business" é produtividade.
Foi muito fácil optarmos pelo uso do MG4 para fornecimento de aço
em nossa organização, pois se trata de um modelo muito bom
que de fato nos ajudou ao decidirmos em qual conteúdo nos focalizaríamos,
quanto ao que fazer e ao que não fazer. Valeu a pena analisarmos
mais cuidadosamente para nossa empresa.
Em termos de locais de aprendizagem olhamos para as paredes e área
onde estávamos realizando nossos negócios. Como já havia
dito operamos do centro de aprendizagem da Shell. Chamamos todos os nossos
funcionários para irem até lá, o que já causou
um impacto em nossos negócios. Levamos 20 anos para percebermos
que teríamos de conduzir nossos negócios de um modo diferente.
Estabelecemos locais em todas as regiões para oferecermos treinamento,
neste caso em sala-de-aula. Isso constituiu a base para nosso servidor
de entrega de conteúdo, precisávamos levar treinamento para
o cliente.
E por fim uma das últimas linhas do conceito
da Universidade Aberta Shell: o uso de nossa global makeoff. Cada
um da equipe do produto foi criado com base na estrutura
de gerenciamento de conhecimento. Pudemos reunir 14.000
pessoas sobre a plataforma em cerca de dois anos e meio
para compartilharmos idéias. Fizemos isso não
de forma estruturada, de fato quando começamos,
era apenas um bate-papo porque não havia estrutura,
entretanto obtivemos benefícios financeiros enormes.
Com 14.000 pessoas ao redor do mundo prestando sua contribuição
toda semana, pudemos prosseguir com nossos negócios.
Nosso conteúdo também deriva da análise
das discussões que realizamos baseadas no conceito
da Universidade Aberta Shell.
Três anos atrás a indústria petrolífera estava
com sérias dificuldades. Estabelecemos algumas equipes de troca
formadas por pessoas que tinham experiência no negócio, que
se tornaram consultores que percorreriam as unidades de operação
de cada empresa Shell ao redor do mundo para implementar esta estrutura.
A idéia era ter melhores práticas em todas as empresas. E
como parte da Universidade Aberta Shell percebemos que tínhamos
de nos lançar neste gerador de negócios para conseguirmos
formar uma base para nosso programa. Era um processo interno.
Em termos de entrega qualquer aprendizagem que resulta desta troca de equipes
vindas de outras empresas faz com que haja uma integração
globalizada em poucos dias. É um anglo de negócios para aprendizagem.
E quanto à avaliação o funcionário não
somente faz o curso, mas também algum tipo de apresentação,
algo formal. Cursos deste tipo levam a mestrados e doutorados. Foi muito
bom poder criar este ambiente motivador para o indivíduo que também
deve estar auto-motivado.
Este é um dos arranjos que fazemos na Malásia. Alguns dos
nossos cursos servem como crédito para mestrado para algumas áreas.
Isso novamente se volta muito para o indivíduo, na verdade não
tem nada a ver com o negócio. Se o funcionário fizer um programa
que nós oferecemos, pode utilizá-lo rumo a um crédito
internacional. Novamente esbarramos na auto-motivação. Em
nossa organização todos estavam interessados no programa.
Em termos de modelo de aprendizagem tivemos uma revisão de
todos os nossos produtos em 2000 com a inclusão de alguns tipos
de testes. Se não passassem no teste, os funcionários não
participariam do evento de sala-de-aula que seria uma forma de avaliação
formal, ou algo que poderia conceder algum tipo de certificado ou algum
tipo de medida de competência para saber se o funcionário
estaria apto a realizar suas tarefas ou não.
Mais detalhes sobre a Universidade Aberta Shell
Em 1999 participei de uma palestra sobre línga-mãe nos Países
Baixos no Salão de Convenções da Docent na Europa.
Antes disso tínhamos estado observando a indústria para descobrirmos
o que poderíamos usar do sistema de gerenciamento de aprendizagem
em nosso modelo. Precisaríamos de algo físico que nos ajudaria
com o estabelecimento da Universidade Aberta Shell.
Falamos sobre o critério para nosso sistema de gerenciamento de
aprendizagem, primeiramente considerando o conceito da Universidade Aberta
Shell e então considerando nosso negócio. Um dos critérios
foi termos um sistema totalmente baseado na web. Por quê? Não
havia como gerenciar nossos clientes ou alguma distribuição
de software para mais de 100.000 funcionários e conseguir fazer
com que isso continuasse funcionando. Precisávamos de um sistema
de web que já estava nos computadores de nossos usuários
e então poderíamos executar o planejamento.
Obviamente isso levaria a um outro item: precisávamos fazer a implementação
junto aos nossos clientes. Também precisávamos rever nossa
rede para reestruturação. Achávamos a internet muito
lenta e os sites em algumas áreas distantes são de difícil
acesso. Precisávamos de um aplicativo para solucionar este problema
e não havia nenhum já pronto no mercado para ser usado. Percebemos
que teria de ser algo feito conforme a necessidade do cliente.
Naquele momento não sabíamos o que aconteceria nos próximos
dois anos com nosso negócio. Sabíamos apenas que precisaríamos
de um aplicativo que treinasse nosso pessoal em tecnologia e tinha de ser
algo com apelo comercial.
Também procurávamos por padrões industriais de suporte
e nos anos de 1999 e 2000 não havia muitas opções.
Estávamos lidando com uma empresa muito grande. Precisávamos
de um aplicativo que pudesse ser empregado por milhares de usuários
e integrado com nosso aplicativo ARP. Estamos falando de base total na
web, não apenas a partir da perspectiva do usuário final,
mas também da perspectiva do gerenciamento.
Abordagem do Projeto
Adotamos uma versão com a qual poderíamos obter feedback
de clientes internos e externos. As pessoas não sabem o que querem, é mais
fácil para os usuários articularem o que desejam do aplicativo
e como esperam visualizá-lo. Foi o que aconteceu com a Shell. A
versão ficou pronta em três meses, tivemos feedback e isso
em grande parte gerou o desenvolvimento que levamos até o lançamento
de nosso produto em dezembro de 2001.
Até aquele momento estávamos atingindo mais de 20 clientes
ao redor do mundo e instantaneamente, antes do final do ano já estávamos
com 2000 pessoas registradas no sistema. Foi um verdadeiro fenômeno.
Então nos focalizamos em sua estrutura para tentarmos integrar o
aplicativo aos sistemas vigentes. Nas etapas seguintes nos concentramos
no sistema de apresentação de conteúdo. O modelo que
a Docent nos deu no sentido de que poderíamos colocar o sistema
de apresentação de conteúdo onde nossos clientes estão
para facilitar o acesso mais rápido ao conteúdo de e-learning,
foi uma das principais razões pelas quais ficamos com a Docent.
Como já havia dito, tínhamos um problema de estrutura onde
dois kilobytes por segundo era muito lento, não poderíamos
ter conteúdo de e-learning naquele tipo de rede.
Então implementamos nosso padrão de link e tivemos uma versão
para ser lançada em 2001.
Recentemente com a colaboração do Centra implementamos avaliação
de um modo muito interessante. O que fizemos em termos de avaliação
formal foi na verdade terceirizá-la. Usando tecnologia aberta poderíamos
incorporar um desenvolvimento ligado a outros sistemas. Temos tido um ótimo
feedback.
Em termos de números, em 2001 tínhamos mais de 9.000 pessoas
registradas. Agora temos cerca de 10.000 matriculadas. Isso representa
87% de aumento de todas as inscrições que tivemos no ano
de 2000 e isso é bom para os negócios.
Planos de aula: acreditamos firmemente no envolvimento do cliente no
processo. Provavelmente não customizaríamos algumas coisas,
na verdade se estiver atravessando um processo de implementação
deste tipo deve usar o Docent "fora-da-caixa", o que significa
usá-lo sem alterações. Tudo deve estar ligado aos
objetivos do negócio.
Perguntas feitas por participantes:
1) Qual é a duração normal dos cursos e qual a porcentagem
de desistências no início?
É uma pergunta difícil de ser respondida. Os cursos on-line que
tivemos no início eram oferecidos gratuitamente para nossos clientes,
não fizemos acompanhamento para sabermos os índices de desistência.
As metas dos cursos eram para atualização ou cursos para complementar
conhecimento.
E voltando para o modo como implementamos e-learning e aprendizagem híbrida,
diria que a taxa de desistência é de zero porcento, no sentido
de que aprendizagem híbrida nos dá a habilidade no processo
de aprendizagem, se não houver avaliação, não
há como poder estar na sala-de-aula. Não tínhamos
pessoas fazendo o curso e desistindo porquê não eram boas
o suficiente, mas porquê levava a alguma coisa.
2) Como você lida com diferenças de idiomas?
Vocês traduzem cursos? Têm de adaptar os
cursos à língua local?
Não. Nossos cursos somente são feitos em inglês. Uma
das coisas que tentamos no início foi a utilização
do facilitador do idioma, uma das coisas que nos atraíram ao Docent;
apoiava múltiplas línguas. Mas percebemos que o uso intenso
do facilitador acabava prejudicando o conteúdo. Para o Centro de
Aprendizagem Shell tem sido fácil para nós porquê apresentamos
o treinamento em inglês. Mas temos clientes na França, por
exemplo, no Oriente Médio onde temos de lidar com o árabe
ou francês. Nestes casos deixamos partes do conteúdo naquelas
línguas.
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