Elliott Masie - Consultor americano, reconhecido em todo o mundo
no tema e-Learning, sendo um dos precursores do conceito e participante
ativo em vários projetos de empresas multinacionais e instituições
de ensino, iniciou o 1o e-Learning Brasil 2001com perguntas aos participantes
a respeito do uso dos computadores e da Internet no Brasil. Ao questionar
qual seria o número de pessoas vidradas em tecnologia e qual o
número de pessoas resistentes a ela, teve como objetivo esclarecer
que o e-Learning não é só para aqueles voltados à tecnologia,
mas sim, para todos.
Numa
avaliação do mercado brasileiro, observou
que as práticas de e-Learning são mais
comuns em instituições de ensino avançado
e agora atingem grandes companhias privadas. Salientou
que ninguém substituirá a figura do professor
ou do instrutor e que a tecnologia será apenas
um elemento de interação deste método
de ensinar. Se há cinco anos poucos tinham e-mail,
hoje são poucos os que não acessam a internet.
Comentou
que em um futuro não muito distante, o e-Learning
será utilizado por determinados grupos para absorção
de pequenas parcelas de conhecimento ao passo (cápsulas
de conhecimento) que outros grupos capacitarão
a totalidade dos funcionários de suas empresas
através dele. Segundo Masie, o termo e-Learning é novo,
mas o conceito não. Antes havia o "distance
learning", representado pelos inúmeros cursos
por correspondência existentes há algum
tempo.
O
e-Learning é uma evolução do "distance
learning" que passou a contar com novos meios tecnológicos
para comunicação que constituíram
formas de encurtar distâncias e reduzir o tempo
de transmissão do conhecimento. O e-Learning pode
ser uma parcela positiva ou algo revolucionário,
mas não deve ser visto como uma esperança.com,
e deixou bem claro aos presentes que o e-Learning não
pode ser visto como algo exportado pelos EUA, não é um
produto comprado. Ele deve se adaptar à cultura
e a realidade de cada país.
A
educação eletrônica não é para
treinar as pessoas, mas para ensiná-las a obter
conhecimento de forma constante, é uma forma de
operacionalizar o conceito de que o desenvolvimento das
pessoas através do estudo deixou de ser um evento
e passou a ser um processo permanente e constante.
As
empresas estão buscando implantar o e-Learning
por duas razões:
- Fazer
com que as pessoas iniciem suas atividades imediatamente,
a partir do momento em que são contratadas.
- Mantê-las
em constante treinamento e capacitadas.
Elliott
defende a idéia de que a educação
on-line não pode ser vista apenas como um meio
de treinar funcionários a um custo mais baixo,
mas que os funcionários estejam em permanente
aprendizado e que tenham acesso ao conhecimento. Segundo
ele, é obrigação moral das empresas
fornecer treinamento a seus funcionários, mas
isso pode mexer no lucro, pois os funcionários "perdem
tempo" com os dias de treinamento. Além disso,
deve existir algum fator que "motive" as pessoas
ao aprendizado.
As
aulas deverão ocorrer a qualquer hora e em qualquer
lugar e se tornarão "aulas eternas",
ou seja, aprendizado contínuo.
O condutor do processo deverá ser usuário de e-Learning.
Devem-se procurar áreas em que não há treinamento
e criar mecanismos de colaboração, cooperação
(aprender juntos, trabalhar juntos, trocar experiências juntos).
"E-learning
no Brasil é uma questão de qualidade e
competitividade". As empresas que investem não
estão buscando mão-de-obra barata, elas
procuram pessoas que queiram aprender coisas novas depressa.
Masie finaliza
sua apresentação dizendo que hoje não
temos outra escolha, o fenômeno e-Learning existe,
o mundo em que vivemos é uma academia em crescimento
constante e concluiu:
"Nossos empregados, filhos e pais merecem isso".
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