Alfredo Castro e Marcos Baumgartner estarão antecipando parte da apresentação que farão em Washington (EUA) e Cidade do México (México) no mês de maio, reforçando o que tem sido discutido nos principais congresso do mundo em T&D (Malásia 2002, Santos 2003, Washington 2004, Panamá 2003).

A apresentação e o debate serão baseados nas conclusões de estudos mundiais, onde foram detectados cinco grandes eixos de mudança que estarão influenciando os programas de T&D em 2004 e 2005.

Estas tendências sumarizam as novas necessidades estabelecidas pela conjuntura mundial, e estimulam o desenvolvimento de novos produtos e serviços na indústria de consultoria de performance.

Os profissionais que desenvolvem programas e alternativas de blended learning para o ano que vem, deverão participar ativamente deste evento, consequência da parceria entre a ASTD Brasil e o E-learning Brasil.

Tendência 1 - Programas de T&D cada vez mais voltados para a estratégia do negócio - Um sinal marcante desta mudança é o surgimento de novas competências para o profissional de T&D, muito mais voltado para uma compreensão holística do sistema organizacional e os desdobramentos da cadeia clientes/fornecedores. Todos na estrutura passam a buscar uma nova postura de desenvolvimento, criando mecanismos internos de multiplicação do conhecimento, que abrange desde novos formatos de treinamento a implementações de Universidades corporativas. Os programas devem se concentrar cada vez mais no atendimento as necessidades dos clientes. Por isso, no Fórum vamos explorar um debate sobre como, na prática, as empresas estão preparadas para garantir um ambiente que motive e reconheça iniciativas de desenvolvimento individual e em grupo, com atitudes voltadas para interpretar surpresas, mudanças, erros e problemas como oportunidades de aprendizado, com desejo claro de procurar a melhoria contínua e grande flexibilidade para mudanças;

Tendência 2 - Transição de programas de aprendizado para aumento da performance - Os processos de aprendizado contínuo deve ser voltado para o aumento da performance. O indicador mais forte desta tendência é a crescente busca pelo processo de avaliação dos resultados em treinamento. Os modelos de Jack Philips e Donald Kirckpatrick serão cada vez mais necessários e implementados. Além dos indicadores tradicionais, como por exemplo, valor investido por treinando ou número de horas per capta, ampliaremos a atuação de T&D na busca pela diminuição dos gaps de competências e no estudo das relações entre as habilidades estratégicas desejadas e as habilidades realmente conseguidas. Países como Espanha, Brasil, China e Alemanha, vêm realizando programas de HPI - Human Performance Improvement - para ampliar a capacidade de implantação dos modelos de aumento de performance do ser humano. Estes programas, segundo a ASTD, cresceram cerca de 45% apenas em um ano.

Tendência 3 - E-learning e os novos programas "blended" - Acredita-se que o treinamento tradicional, presencial, em sala de aula, ainda durará por muito tempo. A tendência crescente é de que será cada vez maior a utilização de programas com abordagens "blended" (combinadas), onde realizaremos programas presenciais juntamente com abordagens tecnológicas, através de CBT, simulações, e-learning e vídeo conferências. O que deve acontecer, portanto, é a mudança no formato dos programas, tornando-os mais individualizados e voltados para o auto-estudo, e mais virtuais, permitindo o treinamento individual nos horários disponíveis e alternativos. Vivemos numa era em que “é cada vez mais importante treinar pessoas, mas cada vez mais difícil realizar o treinamento”. Vamos debater no Fórum porque, apesar desta clara tendência, ainda temos muita resistência nos treinamentos à distância.

Tendência 4 - Liderança e Coaching - A próxima década será marcada por interessante antagonismo: de um lado veremos uma ampliação (inacreditavelmente rápida) da utilização dos recursos tecnológicos em T&D, ao lado de ações mais “humanas” e “emocionais”, materializadas em forma de seminários e atividades cada vez mais vivenciais. Além disso, os novos desafios têm criado novos modelos de liderança. Apesar de ser um tema clássico, as novas condições físicas (com aumento nunca antes experimentado deste fenômeno) com pessoas que trabalham e lideram equipes de forma virtual, vem gerando novos desafios que devem ser trabalhados, treinados, aprendidos. No Fórum vamos debater como os novos modelos de "liderança latina" podem influenciar na motivação e nos resultados das equipes. Vamos estimular o debate sobre as características entre coaching e liderança.